Processamento auditivo central: implicações para o processo tradutório do Português para a Língua Brasileira de Sinais

AUTOR(ES)
FONTE

Audiol., Commun. Res.

DATA DE PUBLICAÇÃO

03/10/2016

RESUMO

RESUMO Objetivo Comparar a influência dos achados da avaliação do processamento auditivo de Tradutores Intérpretes de Língua de Sinais nos seus discursos visogestuais interpretados. Métodos Participaram 14 intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), submetidos a 11 testes de avaliação do processamento auditivo central (PAC) e avaliação de discurso visogestual filmado. Os sujeitos foram divididos em dois grupos: G1 – sete sujeitos com nível satisfatório de proficiência tradutória – e G2 – sete sujeitos com nível insatisfatório de proficiência tradutória. O recrutamento ocorreu por demanda espontânea, a partir de um e-mail informativo enviado a uma entidade filantrópica de grande representatividade na comunidade surda e de tradutores intérpretes de LIBRAS no Brasil. Para análise estatística, foram utilizados o teste Mann-Whitney e o teste de Igualdade de Duas Proporções. Resultados Quanto à comparação de desempenho nos testes de PAC, houve diferença no teste de Padrão de Duração e no teste dicótico Não Verbal, com pior desempenho no G2, para ambos os procedimentos. Em relação às queixas de distúrbio do processamento auditivo e ao histórico predisponente de distúrbio do processamento auditivo, o G2 apresentou maior incidência, em relação ao G1. Conclusão Constatou-se pior desempenho nos testes dicótico não verbal e padrão de duração no grupo com proficiência tradutória insatisfatória (G2). Os achados sugerem que o processamento temporal e não verbal do sinal acústico, vinculado aos aspectos paralinguísticos do discurso a ser interpretado, foram fatores condicionantes para a efetiva compreensão da informação e desempenho tradutório de cada grupo.

ASSUNTO(S)

testes auditivos vias auditivas tradução multilinguismo psicolinguística

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