Procedimento erótico, na formação, ensino, currículo

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Procedimento: não funciona como um mero protocolo, mas como um empreendimento de desmontagem, o qual visa uma variação. Ele é, nesse sentido, a via alternativa em relação ao manual de conduta ou ao manual de comportamento. O Procedimento é aqui usado como um modo de extrair das Formas algo de estrangeiro, sob a condição de não negar as Formas anteriores. Erótico: é exatamente quando deixamos de ser, quando o Eu sai de cena, mesmo que somente por um breve instante, que as relações eróticas aparecem. É quando as Formas são desintegradas; quando as luzes são apagadas, quando o álcool faz efeito, quando o Demônio toma conta, quando o surto acontece... Se a Moral é o que possibilita o Eu, o Erotismo é o que possibilita a sua reinvenção. 1) O texto da Tese é feito de três materiais: obras adoráveis + vivência na Linha 09 (do PPGEDU da UFRGS) + inimigos. O primeiro fornece a matéria nova, o segundo o modo de usar e o terceiro a matéria já dada. Esta pode ser, num primeiro momento, desagradável, mas ainda assim produtiva, graças aos materiais que a ela se somam. O Procedimento Erótico não quer funcionar como um método de explicação ou de interpretação, ou não quer só, quer, acima de tudo, funcionar como um método de produção. 3) Hesitação, Dissimulação, Perversão, Suspensão: eis aí o quarteto erótico. 4) Transgressão: eis aí a operação erótica. 5) Essa operação não acontece se não houver uma Forma (quanto mais consagrada melhor): a Educação, ou: Formação, Ensino, Currículo. 6) É que a Transgressão diz respeito a um processo de insistência, nunca de abandono: ninguém transgride saindo fora. Para transgredir é necessário insistir com as Formas que nos aborrecem; 7) na esperança de que essas Formas sejam desmontadas.

ASSUNTO(S)

procédure erotismo transgressão Érotisme transgression ensino formation filosofia da diferença enseignement curriculum philosophie de la différence

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