Procedimento de inserção, manutenção e remoção do cateter central de inserção periférica em neonatos / Insertion, maintenance and removal procedures of peripherally inserted central catheters in neonates

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O cateter central de inserção periférica (PICC) é um dispositivo cada vez mais utilizado nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). O objetivo do estudo foi caracterizar os neonatos (RN) submetidos ao procedimento de inserção do cateter PICC e descrever suas práticas de inserção, manutenção e remoção em RN. Estudo observacional com delineamento longitudinal realizado no Berçário Anexo à Maternidade do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Os dados foram obtidos pela observação dos procedimentos e informações registradas nos prontuários dos neonatos submetidos ao procedimento. No estudo, incluíram-se todos os procedimentos de inserção, manutenção e remoção de cateter PICC ocorridos entre de março e setembro de 2006, em recém-nascidos internados na unidade neonatal citada. Antes do início da coleta dos dados, o projeto de pesquisa foi apreciado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição, campo do estudo. No período estudado, ocorreram 37 procedimentos de inserção do cateter PICC. A média da idade gestacional e o peso dos RN eram de 32,2 semanas e 1.289,2 gramas, respectivamente. A maioria, 22 (59,4%) RN, era do sexo masculino, 18 (48,7%) RN tinham menos de três dias de vida no dia do procedimento e 35 (94,6%) RN foram submetidos à inserção do cateter para infundir nutrição parenteral total. A maioria, 21 (56,8%) RN, apresentou diagnóstico de síndrome do desconforto respiratório. A administração de fármaco sedativo previamente ao procedimento ocorreu em 4 (10,8%), nenhum RN recebeu analgesia. O tipo de cateter mais utilizado foi o de poliuretano, 35 (94,6%). A média da freqüência de punções venosas foi 3,4 e em 8 (21,6%) RN foram obtidos sucesso na introdução do cateter na primeira punção venosa. As veias mais puncionadas foram as localizadas em membros superiores, a basílica foi puncionada em 29,9% dos RN e a cefálica, em 22,8% dos RN. Fragilidade vascular, transfixação venosa e obstrução do cateter foram os principais motivos de insucesso na inserção do PICC. Alteração da viscosidade sangüínea foi uma intercorrência identificada pelas enfermeiras na inserção do PICC. A prevalência de sucesso do procedimento foi de 64,9% (24 RN). Obteve-se posicionamento central da ponta do cateter em 20 (83,3%) RN e periférico em 4 (16,7%) RN. A média da extensão do cateter introduzido em MSD foi de 11,4 cm, em MSE, 13,5cm e em região cervical, 7,1 cm. Solução de clorexidina a 0,5% foi o anti-séptico mais utilizado nos curativos e a NPT foi a solução mais infundida pelo cateter. O tempo médio de permanência do cateter foi 8,9 dias, 11 (27,5%) foram removidos em decorrência de infecção do cateter, 7 (17,5%) pelo término da terapia intravenosa e 7 (17,5%) por obstrução. Dos 24 cateteres removidos, 14 (58,3%) foram enviados para cultura, dos quais, 10 (71,4%) tiveram resultado negativo. Das quatro pontas com resultado positivo, em duas (14,3%) foram identificados Estafilococos coagulase negativa

ASSUNTO(S)

recém-nascido acesso venoso central peripherally inserted central catheter central venous access cateter central de inserção periférica infant-newborn

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