Priorização espacial para conservação de Carnívoros (Mammalia) no Brasil / Priorização espacial para conservação de Carnívoros (Mammalia) no Brasil / Spatial priorities for conservation of carnivores (Mammalia) in Brazil / Spatial priorities for conservation of carnivores (Mammalia) in Brazil

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

02/03/2012

RESUMO

As mudanças da paisagem natural provocadas por atividades antrópicas são atualmente importantes ameaças à biodiversidade. Diante disto, a identificação de áreas prioritárias tem se tornado um desafio para a biologia da conservação. A escassez de recursos financeiros para ações conservacionistas implica em estudos direcionados às ações emergenciais de conservação, que considerem aspectos biológicos importantes e diferentes componentes de diversidade, a fim de estabelecer a melhor possibilidade de alocação dos recursos existentes. Além disto, a incorporação de custos das áreas potencialmente prioritárias pode exibir um balanço favorável para minimizar possíveis conflitos de interesse. Assim, nossos objetivos nesta dissertação foi, indicar áreas prioritárias para conservação de espécies de Carnívoros no Brasil, considerando uma série de variáveis sócio-econômicas (e.g. índice de desenvolvimento humano, demografia urbana, cabeças de gado, dentre outras) como medida de custo para conservação. Também averiguamos como estão distribuídas no território brasileiro, a diversidade taxonômica, funcional e filogenética das espécies deste grupo, a fim de identificar o conjunto de regiões que melhor representam estas três medidas de diversidade. Em ambos os casos, averiguamos a eficiência das Unidades de conservação atualmente instituídas (UCs), analisando se a distribuição atual destas no espaço é melhor do que se tivessem distribuídas ao acaso no Brasil. Nossos resultados mostram que algumas regiões de interesse para conservação de espécies também são importantes no contexto sócioeconômico. Assim, outras regiões que a princípio não eram prioritárias passaram a ser consideradas importantes no intuito de minimizar conflitos de conservação. Encontramos também que a diversidade taxonômica não é um bom preditor de diversidade funcional e filogenética. Assim, é necessária uma combinação de conjunto de áreas para representar estas todas as espécies e as demais medidas de diversidade. As UCs não são eficientes para todas as espécies nem para representar diversidade filogenética. Neste último caso, nem mesmo se as UCs estivessem distribuídas ao acaso no território brasileiro, representariam maiores índices de diversidade filogenética. Sendo assim, é necessário o acréscimo de novas áreas protegidas que complementam as existentes. Concluímos que é importante inserir fatores sócio-economicos nas análises de priorização, e que estudos considerando diferentes medidas de diversidade são importantes pois, a riqueza de espécies pode não representar bem as outras medidas de diversidade. A medida em que os planejamentos de conservação incorporarem análises como estas, os resultados serão mais satisfatórios no que diz respeito a proteção das espécies em longo prazo.

ASSUNTO(S)

extinção conservação carnívoros diversidade taxonômica diversidade funcional ecologia extinction conservation carnivores phylogenetic diversity functional diversity

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