Primeiro registro de endoparasitismo de Pycnogonida em pólipos de hidrozoário (Cnidaria) da costa brasileira

AUTOR(ES)
FONTE

Biota Neotrop.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-06

RESUMO

Apesar do número relativamente elevado de estudos recentes sobre Cnidaria da costa brasileira, encontramos dois casos de parasitismo, ambos em macromedusas, e nenhum em pólipos. Associações endoparasíticas entre larvas de picnogônidas e hidroides são bem conhecidas desde início do século 20. A larva protoninfa desenvolve-se no interior da cavidade gastrovascular dos pólipos, geralmente dos gastrozoóides, que são então chamados “gallzooids”. Esta nota é um registro inédito de parasitismo em pólipos de cnidários da fauna brasileira. A associação parasitária entre o picnogônida Anoplodactylus stictus e uma espécie nova de hidroide do gênero Podocoryna foi detectada casualmente sobre a comunidade incrustante de placas experimentais, instaladas no Iate Clube de Paranaguá, Paranaguá, sul do Brasil, de fevereiro/2007 a fevereiro/2008. O hospedeiro hidrozoário provavelmente é uma espécie exótica, pois não havia sido observado em estudos anteriores da Baía de Paranaguá ou praias ao longo da costa sul do Brasil nos últimos 20 anos. Foram analisadas 88 colônias do hidroide das quais 19 estavam parasitadas, principalmente nos meses de junho a agosto/2007. As protoninfas eram rosa-avermelhadas, a mesma coloração dos “gallzooids” e dos demais pólipos da colônia, indicando que elas ingeriram tecidos do hospedeiro. Até seis protoninfas foram observados no interior dos “gallzooids”. O comprimento da coluna dos “gallzooids” alongava e os tentáculos atrofiavam ou mesmo desapareciam devido ao desenvolvimento das larvas. Algumas observações do endoparasitismo em duas colônias vivas mantidas em aquários, até seu desaparecimento completo (um mês), também são descritas nesta nota.

ASSUNTO(S)

comunidade bentônica hidroide relação interespecífica pantopoda protoninfa

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