Primeira crise epiléptica não-provocada: aspectos clínicos e eletrográficos
AUTOR(ES)
Vieira, Simone Carreiro, Liberalesso, Paulo Breno Noronha, Spinosa, Mônica Jaques, Ortega, Adriana Banzzatto, Olmos, Alaídes Suzana Fojo, Löhr Júnior, Alfredo
FONTE
Journal of Epilepsy and Clinical Neurophysiology
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006-06
RESUMO
OBJETIVO: Avaliar a classificação, resultados de EEG e de neuroimagem após a primeira crise epiléptica não-provocada em uma população pediátrica. METODOLOGIA: Pacientes atendidos entre maio de 2000 e maio de 2005 com diagnóstico de primeira crise epiléptica não-provocada. Todos foram submetidos a EEG e tomografia de crânio nas primeiras 72 horas após o evento. As crises foram classificadas segundo a Classificação da ILAE, 1981. RESULTADOS: 387 pacientes, sendo 214 (55.30%) do sexo masculino, com idade média de 4.2 anos. O desenvolvimento neuropsicomotor foi normal em 315 (81.40%) pacientes. Classificação das crises: 167 (43.15%) generalizadas, das quais a mais freqüente foi a crise tônico-clônica (105/62.85%), seguida pelas crises de ausência típica (22/13.17%), clônica (20/11.98%), tônica (13/7.78%) e atônica (7/4.19%). Crises focais: 220 (56.85%), sendo a crise parcial complexa com generalização secundária a mais freqüente (81/36.82%). EEG normal em 208 (53.75%) casos. A anormalidade mais observada na tomografia de crânio foi atrofia cerebral. CONCLUSÕES: A maioria das crianças apresentou desenvolvimento neuro-psicomotor normal após a primeira crise epiléptica não-provocada. Crises parciais foram mais freqüentes que as generalizadas. EEG realizado precocemente identifica paroxismos interictais ou alentecimentos focais em praticamente metade dos pacientes.
ASSUNTO(S)
primeira crise etiologia eletroencefalograma tomografia
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