Prevenção do Acidente Vascular Cerebral na Fibrilação Atrial: Foco na América Latina

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Bras. Cardiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

11/08/2016

RESUMO

Resumo A fibrilação atrial (FA) é a arritmia cardíaca sustentada mais comum, com uma prevalência estimada de 1-2% na América do Norte e Europa. O aumento da prevalência da FA na América Latina está associado com o envelhecimento da população geral, juntamente com um mal controle dos principais fatores de risco, incluindo a hipertensão arterial. Como resultado, a prevalência do acidente vascular cerebral (AVC) e a mortalidade associada a ele aumentou dramaticamente na região. Há, portanto, uma clara necessidade de estratégias efetivas de anticoagulação na América Latina. O objetivo desta revisão é oferecer uma visão atual da anticoagulação na prevenção do AVC. O uso de antagonistas da vitamina K (AVKs, ex.: varfarina) e ácido acetilsalicílico (AAS) na prevenção do AVC em pacientes com FA na América Latina permanece frequente, apesar de cerca de um quinto de todos os pacientes com FA não receberem anticoagulação. O uso da varfarina é complicado pela falta de acesso a serviços de monitoramento eficazes, juntamente com um perfil farmacocinético imprevisível. A utilização excessiva do AAS está associada com riscos significativos de sangramento e eficácia reduzida na prevenção do AVC neste grupo de pacientes. Os novos anticoagulantes orais não AVK (NOACs) representam um meio potencial de superar muitas limitações associadas ao uso dos AVKs e do AAS, incluindo uma redução na necessidade de monitoramento e risco reduzido de eventos hemorrágicos. A decisão final sobre qual anticoagulante utilizar em pacientes com FA depende de diversos fatores. Pesquisas adicionais são necessárias para avaliar o impacto desses fatores na população latino-americana e, assim, reduzir o ônus do AVC associado à FA nesta região.

ASSUNTO(S)

fibrilação atrial prevenção acidente vascular cerebral américa latina anticoagulantes

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