PREVALÊNCIA E MANEJO DA MERALGIA PARESTÉSICA REFRATÁRIA EM CIRURGIA DE COLUNA LOMBAR: EXPERIÊNCIA DE CINCO ANOS

AUTOR(ES)
FONTE

Coluna/Columna

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-03

RESUMO

RESUMO Objetivo O objetivo do presente estudo consiste em relatar a experiência de cinco anos no reconhecimento e manejo da meralgia parestésica (MP) refratária em pacientes submetidos a cirurgias lombares por via posterior. Métodos Pacientes submetidos a procedimentos na coluna lombar, no período de janeiro de 2010 a janeiro de 2015, em três diferentes centros hospitalares de Belo Horizonte/MG, foram selecionados para avaliação do desenvolvimento da MP pós-operatória. Estudo prospectivo observacional com série de casos comparativos. Nível III de evidência. Avaliação dos seguintes parâmetros: tipo de suporte para o paciente, tempo de cirurgia, índice de massa corporal. Resultados Foram feitas 367 cirurgias por via posterior da coluna lombar para patologias degenerativas da coluna lombar. A MP foi observada em 81 pacientes (22%). Em 65 pacientes (80%), houve resolução completa dos sintomas com manejo conservador (medidas locais e medicamentos para dor neuropática) em menos de dois meses. Doze pacientes melhoraram através de infiltração com corticoide de depósito e anestésico no local no ligamento inguinal e, em quatro pacientes houve necessidade de procedimento cirúrgico no terceiro mês. O suporte pneumático foi o menos envolvido no desenvolvimento da MP, assim como o tempo cirúrgico <1h e índice de massa corporal <25. Conclusão A MP refratária pode ocorrer em pacientes submetidos a cirurgias na coluna lombar por via posterior. O manejo inclui medidas locais, medicamentos para dor neuropática e infiltração com corticoide no ligamento inguinal. A cirurgia descompressiva está reservada para os raros casos refratários. Nível de evidência III; Estudo prospectivo observacional com série de casos comparativos.

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