Prevalência e fatores de risco de lesões escrotais em uma população de brasileiros com idade ? 40 anos
AUTOR(ES)
Romero, Frederico Ramalho, Romero, Antonio Wilson, Almeida, Rui Manuel de Sousa Sequeira Antunes de, Oliveira Júnior, Fernando Cesar de, Tambara Filho, Renato
FONTE
Sao Paulo Med. J.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014
RESUMO
OBJETIVO: Estimar a prevalência e fatores de risco de lesões cutâneas do escroto e de lesões/anomalias intraescrotais entre participantes de programa de rastreamento para câncer de próstata em uma cidade metropolitana brasileira. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo transversal, serviço privado de atendimento ambulatorial à saúde. MÉTODOS: 1.731 homens com idade igual ou superior a 40 anos, participantes do programa de rastreamento de câncer de próstata conduzido pelo sistema de saúde dos funcionários públicos municipais, foram submetidos à avaliação urológica sistemática por um único examinador. RESULTADOS: A prevalência de doenças escrotais nossa amostra foi de 44.7% (773/1731). Tinea cruris ocorreu em 203 (11,7%) dos participantes, com maior risco em diabéticos e menor prevalência em indivíduos não brancos; tinea escrotal em oito (0,5%), com maior risco em homens hipertensos; nódulos subcutâneos em 12 (0,7%), especialmente em indivíduos com baixa escolaridade; hidrocele em 283 (16,4%), com maior frequência nos participantes com mais de 60 anos, diabetes ou história prévia de uretrite inespecífica; espermatoceles em 174 (10,1%), com maior prevalência acima dos 60 anos de idade ou com diabetes, e menor frequência naqueles submetidos a vasectomia; hipotrofia/atrofia testicular unilateral em 167 (9,7%) e hipotrofia/atrofia bilateral em 93 (5,4%), ambas ocorrendo mais frequentemente nos indivíduos com mais de 60 anos; ausência de testículos palpáveis devido à criptorquidia em 7 (0,4%); e epididimite/orquite em 5 (0,3%), com prevalência aumentada em diabéticos. Não foram identificados casos de câncer nesta amostra. CONCLUSÕES: As doenças escrotais foram altamente prevalentes nesta população de homens brasileiros.
ASSUNTO(S)
epidemiologia etiologia prevalência fatores de risco doenças dos genitais masculinos
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