Prevalência e fatores associados à obesidade central em escolares de Santa Catarina

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Nutr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-02

RESUMO

Objetivo: Estimar a prevalência e verificar fatores sociodemográficos e de consumo alimentar associados à obesidade central em escolares de 6 a 10 anos do Estado de Santa Catarina, Brasil. Métodos: Trata-se de um estudo transversal de base populacional realizado com 4 963 escolares matriculados em escolas públicas e privadas. A obesidade central foi investigada por meio da medida da circunferência da cintura e classificada de acordo com percentis/sexo/idade. Foram realizadas análises bivariadas e multivariadas. Resultados: A prevalência de obesidade central foi de 4,9% (IC95%=4,3;5,5), sendo mais elevada nos meninos (5,9%; IC95%=4,9;6,8), apresentando diferença estatisticamente significativa (p=0,003). As demais variáveis investigadas (idade dos escolares, rede de ensino, escolaridade da mãe, consumo de alimentos protetores e de risco e número de refeições diárias) não se mostraram associadas ao desfecho. Dos escolares que apresentaram obesidade central (n=243), 99,3% dos meninos e 99.0% das meninas também apresentaram sobrepeso/obesidade. Conclusão: A prevalência de obesidade central encontrada foi menor do que a relatada em estudos nacionais e internacionais. O sexo (masculino) foi a única variável que se mostrou associada ao desfecho. A prevalência identificada é preocupante em função das evidências científicas que sugerem que a obesidade central pode permanecer na vida adulta e apresentar forte relação com fatores de risco cardiovasculares. Ressalta-se a necessidade de campanhas de prevenção à obesidade que estimulem as crianças e seus pais a adotarem um estilo de vida mais saudável. Sugere-se a realização de estudos prospectivos que analisem com maior clareza os possíveis fatores associados à obesidade central.

ASSUNTO(S)

criança consumo de alimentos obesidade central prevalência fatores de risco

Documentos Relacionados