Prevalência e fatores associados à distribuição da Fasciola hepatica Linnaeus, 1758 em bovinos dos municípios de Careaçu e Itajubá, região da bacia do rio Sapucaí- Minas Gerais

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Nos municípios de Careaçú e Itajubá, MG, foi realizado estudo da prevalência e fatores de risco associados à infecção por Fasciola hepatica em bovinos. A partir de sorteio aleatório, 84 propriedades foram visitadas e levantadas às seguintes características: coordenadas geográficas (Sistema de Posicionamento Global - GPS), aplicação de questionário e entrevista a produtores rurais, coleta de moluscos, e coletas de fezes de um total de 649 bovinos. Com o uso dos dados do GPS em programas de informação geográfica foram confeccionados mapas sobre a distribuição das propriedades visitadas. A partir da análise dos dados epidemiológicos foram identificados os principais determinantes de risco para ocorrência de F. hepatica, em bovinos, e elaborado uma proposta de modelo de predição de risco para fasciolose bovina. Para o diagnóstico de ovos de F. hepatica, foram realizados exames de fezes utilizando-se a Técnica de Quatro Tamises Metálicos modificada. Para analisar o nível de associação entre os resultados dos exames coproparasitológicos e os demais dados epidemiológicos foram utilizados testes estatísticos e análise descritiva. Em relação à prevalência, para o município de Itajubá, a taxa de infecção natural por F. hepatica em bovinos foi de 37,47%, enquanto que em Careaçú, verificou-se a uma taxa de 14,55% de positividade. Em Itajubá foi coletada nove espécimes de moluscos do gênero Lymnaea em valas de drenagem e associados a plantas aquáticas e gramíneas. Em Careaçú, foram encontrados 21 moluscos do gênero Lymnaea em lagoas e açudes artificiais, e apenas um estava parasitado por formas imaturas de F. hepatica. Em Itajubá, os principais fatores de risco epidemiológico associado a F. hepatica, em bovinos, foram o manejo dos rebanhos em pastagens com relevo irregular, o pastejo em áreas alagadas e a bebida em fonte de água parada. O uso de mapas georreferenciados para visualizar a distribuição territorial da F. hepatica, em bovinos, demonstrou ser uma forma dinâmica de organizar informações a respeito da parasitose. O modelo de predição de risco para a ocorrência de F. hepatica em bovinos revelou alta sensibilidade na comparação com os achados de ovos do parasito nos exames coprológicos de bovinos, em ambos os municípios.

ASSUNTO(S)

parasitologia teses. fasciola hepática teses.

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