Prevalência e conhecimento sobre incontinência urinaria e possibilidades de tratamentos entre mulheres trabalhadoras de baixa renda

AUTOR(ES)
FONTE

Fisioter. mov.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017

RESUMO

Resumo Introdução: A incontinência urinária pode afetar a vida da mulher em todos os âmbitos, inclusive no contexto ocupacional, devido a ambientes desfavoráveis, posições incorretas por longos períodos e carregamento de pesos. Outro aspecto preocupante é que o conhecimento em saúde sobre a perda urinária e suas formas de tratamento ainda é pequeno entre a população de baixa renda. Objetivo: Verificar a prevalência e o conhecimento sobre incontinência urinária e possibilidades de tratamentos entre mulheres trabalhadoras de baixa renda. Métodos: Trata-se de estudo transversal, realizado em mulheres trabalhadoras em uma empresa frigorífica de aves. Resultados: Participaram do estudo 136 mulheres com média de idade de 33,7 ± 9,7 anos; índice de massa corporal de 26,6± 5,6 Kg/m2; paridade de 2,1 ± 1,1 filhos; renda mensal de 2,3 ± 1 salários mínimos. Das entrevistadas, 63,9% eram brancas; 44,8% com ensino fundamental incompleto; 52,9% eram solteiras; 53,6% realizaram parto cesárea; e das mulheres que fizeram parto vaginal, 86,6% realizaram episiotomia. A prevalência de perda urinária encontrada foi de 2,9%, e entre as mulheres afetadas, duas relataram que a IU levou a restrição sexual, social, hídrica e ocupacional, sendo que uma delas, acredita que a perda de urina interfere na concentração e na sua produtividade no trabalho. Sobre o conhecimento em saúde, 46,3% nunca ouviram falar sobre o assunto da incontinência, sendo que mais da metade (66,1%) não sabiam da existência de tratamento médico e todas as entrevistadas (100%) não conheciam a existência de tratamento fisioterapêutico. Conclusão: A prevalência de IU em mulheres trabalhadoras de baixa renda no setor frigorífico foi pequena, entretanto, o conhecimento sobre a incontinência urinária e as possibilidades de tratamento é escasso entre estas mulheres. Este estudo permite alertar e orientar os profissionais da saúde e a sociedade sobre a importância de ações que promovam educação em saúde na população de baixa renda, além de permitir que estas mulheres se previnam ou procurem o tratamento adequado e garantam melhor qualidade de vida.

ASSUNTO(S)

incontinência urinária educação em saúde saúde da mulher saúde do trabalhador

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