Prevalência e conhecimento sobre incontinência urinaria e possibilidades de tratamentos entre mulheres trabalhadoras de baixa renda
AUTOR(ES)
Zago, Amabily Carolline, Fambrini, Maria Angelica Saquete, Silva, Elaine Priscila Garcia, Vitta, Alberto De, Conti, Marta Helena Souza De, Marini, Gabriela
FONTE
Fisioter. mov.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017
RESUMO
Resumo Introdução: A incontinência urinária pode afetar a vida da mulher em todos os âmbitos, inclusive no contexto ocupacional, devido a ambientes desfavoráveis, posições incorretas por longos períodos e carregamento de pesos. Outro aspecto preocupante é que o conhecimento em saúde sobre a perda urinária e suas formas de tratamento ainda é pequeno entre a população de baixa renda. Objetivo: Verificar a prevalência e o conhecimento sobre incontinência urinária e possibilidades de tratamentos entre mulheres trabalhadoras de baixa renda. Métodos: Trata-se de estudo transversal, realizado em mulheres trabalhadoras em uma empresa frigorífica de aves. Resultados: Participaram do estudo 136 mulheres com média de idade de 33,7 ± 9,7 anos; índice de massa corporal de 26,6± 5,6 Kg/m2; paridade de 2,1 ± 1,1 filhos; renda mensal de 2,3 ± 1 salários mínimos. Das entrevistadas, 63,9% eram brancas; 44,8% com ensino fundamental incompleto; 52,9% eram solteiras; 53,6% realizaram parto cesárea; e das mulheres que fizeram parto vaginal, 86,6% realizaram episiotomia. A prevalência de perda urinária encontrada foi de 2,9%, e entre as mulheres afetadas, duas relataram que a IU levou a restrição sexual, social, hídrica e ocupacional, sendo que uma delas, acredita que a perda de urina interfere na concentração e na sua produtividade no trabalho. Sobre o conhecimento em saúde, 46,3% nunca ouviram falar sobre o assunto da incontinência, sendo que mais da metade (66,1%) não sabiam da existência de tratamento médico e todas as entrevistadas (100%) não conheciam a existência de tratamento fisioterapêutico. Conclusão: A prevalência de IU em mulheres trabalhadoras de baixa renda no setor frigorífico foi pequena, entretanto, o conhecimento sobre a incontinência urinária e as possibilidades de tratamento é escasso entre estas mulheres. Este estudo permite alertar e orientar os profissionais da saúde e a sociedade sobre a importância de ações que promovam educação em saúde na população de baixa renda, além de permitir que estas mulheres se previnam ou procurem o tratamento adequado e garantam melhor qualidade de vida.
ASSUNTO(S)
incontinência urinária educação em saúde saúde da mulher saúde do trabalhador
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