Prevalência e autopercepção de fluorose dentária em escolares de 12 anos residentes no município de Ponta Grossa-PR

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Esta pesquisa objetivou avaliar a prevalência e a gravidade da fluorose dentária, assim como, a autopercepção desta alteração, verificando a satisfação ou não com a aparência estética dos dentes. Participaram 473 escolares de 12 anos de idade, do município de Ponta Grossa-PR, sendo 233 crianças do sexo masculino e 240 do sexo feminino. Os exames foram realizados por um único examinador calibrado (kappa=0,93), que utilizou o índice de Dean, conforme o preconizado pela OMS (1999). Para representar o município, foram sorteados escolares em número proporcional ao total de 12 anos matriculados em cada um dos 20 estabelecimentos de ensino público incluídos na pesquisa. Foi aplicado um questionário sobre ingestão de fluoretos e autopercepção da fluorose dentária. A prevalência de manchas fluoróticas foi de 19,65%, distribuídas no grau muito leve (12,9%); leve (5,9%) e moderado (0,85%). Nenhum caso de fluorose severa foi registrado. A correlação entre a presença de fluorose e as variáveis testadas foi analisada pelo teste do qui-quadrado (p<0,05). Ao verificar a prevalência em relação ao sexo, 15,9% no sexo masculino e 23,4% no sexo feminino apresentavam sinais clínicos de fluorose dentária, porém esta diferença não foi estatisticamente significante. Nenhuma associação foi encontrada entre a presença de fluorose e as variáveis: local de nascimento, tipo de água de consumo, uso de dentifrício, quantidade dispensada de creme dental na parte ativa da escova, relato de ingestão proposital de dentifrício, bochechos com flúor e número de escovações dentais diárias. Quando se relacionou a fluorose dentária com a percepção da alteração de cor (mancha nos dentes), encontrou-se associação positiva na identificação das manchas pelos escolares, em ambos os sexos. Porém, quando se verificou a questão da insatisfação estética ou o motivo pelo qual o participante se sente incomodado com a aparência de seus dentes, não se constatou associação significativa com a presença das manchas fluoróticas. Entre os escolares que perceberam a fluorose nos seus dentes, não se verificou associação com problemas no relacionamento pessoal, tentativa de remoção das manchas pelo escolar ou procura do cirurgiãodentista para removê-las. Dos participantes, somente 0,6% sabiam o que significava fluorose dentária. Concluiu-se que a fluorose dentária mesmo sendo autopercebida pelos escolares, não contribuiu para insatisfação estética.

ASSUNTO(S)

oral health epidemiologia. percepção visual. saúde bucal. visual perception fluorose dentária epidemiology dental fluorosis odontologia

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