Prevalencia do polimorfismo GLY972ARG do substrato 1 do receptor de insulina (IRS-1) em idosos brasileiros / The Gly972Arg polymorphism in insulin receptor substrate-1 in a population based sample of brazilian elderly
AUTOR(ES)
Vera Regina Bellinazzi
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006
RESUMO
Apesar dos mecanismos da longevidade não serem totalmente conhecidos, sabe-se que mutações em genes que reduzem a sinalização intracelular de insulina/IGF-1 são capazes de aumentar a sobrevida de animais invertebrados e mamíferos Na mosca Drosophila Melanogaster, mutações no receptor de insulina (similar ao gene do receptor de insulina humano) e no gene chico (similar ao gene do IRS-1 humano) levam ao aumento da sobrevida do animal. Em roedores, estudos sobre restrição calórica e diversas mutações tem relacionado a via de sinalização insulina/IGF-1 com longevidade. Em humanos, a sensibilidade à insulina normalmente declina com o envelhecimento, porém existem evidências que idosos longevos apresentam ação da insulina preservada e nível de IGF-1 sérico reduzido, o que sugere que a resposta à insulina tem impacto na longevidade humana. Evidências recentes que reforçam esta teoria demonstram que polimorfismos de genes da via de sinalização de insulina/IGF-1( IGF-1R e PI3K), afetam o IGF-1 sérico e a longevidade humana, sugerindo que este mecanismo esteja conservado através da evolução das espécies. Baseada nestas evidências, nosso estudo investigou a prevalência do polimorfismo mais comum do IRS-1, a substituição de glicina por arginina no códon 972 (Gly972Arg), numa amostra da população longeva brasileira, e a sua associação com diversos fenótipos e com a longevidade. Foram incluídos no estudo 94 idosos, de ambos os sexos, com idades entre 80 e 100 anos. Como grupo controle foram incluídos 194 recém-nascidos da mesma região brasileira. A freqüência genotípica encontrada nos idosos foi: Gly/GIy 80,85%, Gly/Arg 19,15%, e Arg/Arg 0%. Não foi encontrada diferença estatística entre a prevalência do polimorfismo em longevos e em neonatos brasileiros. Também não houve associação deste polimorfismo com resistência à insulina, hipertensão, diabetes, ou com alterações no IMC, circunferência da cintura, e lípides nessa população. Nossos achados indicam que não há associação do polimorfismo Gly972Arg do IRS-1 com longevidade em humanos. E possível que esta falta de relação esteja relacionada ao seu efeito neutro tanto na sensibilidade à insulina quanto no nível de IGF-1.
ASSUNTO(S)
polymorphism elderly idosos polimorfismo
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000366712Documentos Relacionados
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