Prevalência do aleitamento materno na região noroeste de Campinas, São Paulo, Brasil, 2001

AUTOR(ES)
FONTE

Revista de Nutrição

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-04

RESUMO

OBJETIVO: Calcular a prevalência do aleitamento materno entre crianças menores de dois anos de idade, residentes na região Noroeste de Campinas, São Paulo. MÉTODOS: Estudo transversal foi conduzido, em 2001, junto a 4 103 crianças, questionando sobre data de nascimento, sexo, alimentação e serviço de saúde utilizado. O questionário foi aplicado em 42 postos de vacinação durante a Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite (Campólio). A dieta foi classificada em amamentação exclusiva, predominante, continuada e aleitamento artificial. RESULTADOS: No primeiro semestre, a prevalência de aleitamento materno exclusivo foi de 31,6% e a de aleitamento total 74,5%. Das crianças com idade entre 6 e 12 meses, 38,0% recebiam leite materno. No segundo ano, a prevalência de aleitamento materno foi reduzida para 22,1%. O aleitamento materno exclusivo passou de 72,2% aos 7 dias de idade para 53,8% aos 15 dias, 33,3% aos 3 meses, 10,0% aos 4 meses e 5,7% aos 6 meses. A prevalência do aleitamento materno total foi de 100,0% aos 7 dias; 79,1% aos 3 meses; 54,3% aos 6; 34,4% aos 12 meses; 26,1% aos 18 e zero aos 24 meses. A mediana de amamentação exclusiva foi de 67 dias e a de amamentação total foi de 6,6 meses. Das crianças vinculadas ao Sistema Único de Saúde, 42,2% receberam aleitamento materno, em contraste com 34,4% das usuárias de serviços privados (p<0,00001). Após controle pela idade, o efeito protetor do Sistema Único de Saúde se manteve, só desaparecendo quando se incluiam as variáveis renda familiar e escolaridade materna. CONCLUSÃO: A prevalência de aleitamento materno está abaixo das recomendações oficiais.

ASSUNTO(S)

amamentação bem-estar da criança epidemiologia serviços de saúde saúde pública

Documentos Relacionados