Prevalência do aleitamento materno e práticas alimentares em menores de um ano no município de Rolândia-PR

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

10/11/2010

RESUMO

Para que se alcance crescimento e desenvolvimento satisfatórios no primeiro ano devida, é necessário que as práticas alimentares sejam adequadas. Pesquisas representativas sobre a situação da amamentação e práticas alimentares no Brasil vem sendo desenvolvidas desde a década de 1980. Este estudo teve por objetivo analisar a situação do aleitamento materno e alimentação complementar em crianças menores de um ano na cidade de Rolândia-PR. A metodologia utilizada foi desenvolvida pelo Projeto Amamentação e Municípios, do Instituto de Saúde de São Paulo. A população constituiu-se de todas as crianças menores de um ano residentes no município que foram vacinadas durante a campanha contra a poliomielite em setembro de 2009. Aplicou-se aos acompanhantes dessas crianças, no momento da vacinação, um questionário de avaliação de práticas alimentares no primeiro ano devida. Para a digitação dos dados, utilizou-se um aplicativo on-line e, após, exportaram se as informações para o programa SAS 9.0, para a análise. Verificou-se o aleitamento materno exclusivo em 47,9% dos lactentes menores de quatro meses e em 36,8% em menores de seis meses. A prevalência do aleitamento materno predominante foi de14,2% em menores de quatro meses e de 11,6% em menores de seis meses. Os fatores associados ao aleitamento materno exclusivo foram o não uso de chupeta(p<0,001), a não introdução de mamadeira (p<0,001) e a escolaridade materna de nível superior e médio (p=0,03). Das crianças menores de seis meses, 63,2%receberam outros líquidos e alimentos. Observou-se prevalência do aleitamento materno de 63,8% para as crianças de seis a nove meses e de 51,6% para as de nove a doze meses. Das crianças menores de seis meses, 63,2% receberam outros líquidos e alimentos. Com relação às crianças de seis a doze meses, o consumo de legumes e verduras esteve associado às mães com mais de 20 anos (p=0,008), que possuíam maior escolaridade (p=0,036) e que não trabalhavam fora (p=0,001). As mulheres com mais de 20 anos ainda apresentaram maior probabilidade de oferecer sucos industrializados (p=0,002) e refrigerantes (p=0,001). Com relação às crianças menores de um ano, 9,8% consumiram refrigerante, 10,9% consumiram café, 41,5%consumiram alimentos adoçados e 72,7% consumiram bolachas/salgadinhos nas 24horas que antecederam a pesquisa. O não uso de mamadeira e chupeta esteve associado aleitamento materno (p<0,001). As mães que não trabalhavam fora ou que eram multíparas tinham mais chance de amamentar (p<0,001). Apesar das taxas de aleitamento encontradas no município estarem aquém do recomendado pela Organização Mundial de Saúde, apresentaram-se superiores àquelas obtidas em municípios com melhor estrutura de apoio e incentivo ao aleitamento. A alimentação complementar da criança maior de seis meses está inadequada. Estes dados poderão subsidiar as iniciativas dos gestores deste município para a implantação de políticas públicas efetivas para a alimentação infantil.

ASSUNTO(S)

aleitamento materno amamentação lactentes - desmame lactentes - nutrição alimentos para bebês breast feeding weaning of infants infants food for

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