Prevalência de uso de tabaco e de álcool em universitários da área da saúde : um estudo em Porto Velho, Rondônia, Amazônia Ocidental

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

A utilização de derivados de tabaco e de bebidas alcoólicas é um dos maiores problemas de saúde pública na atualidade e tem causado preocupação e demandado esforços das autoridades políticas e da saúde para o seu controle. O quadro se agrava quando a abordagem incide sobre os universitários da área da saúde. Com o objetivo de avaliar o uso de tabaco e álcool em universitário da área da Saúde na cidade de Porto Velho considerando o perfil e a dimensão do fenômeno nesta população utilizou-se desenho de estudo do tipo transversal descritivo, com dados coletados por meio de instrumental construído a partir de testes mundialmente conhecidos, amplamente utilizados e validados nacionalmente, o Questionário de Tolerância de Fagerström, para reconhecer o grau de envolvimento com o tabaco, e o AUDIT - Teste de Identificação de Distúrbio de Uso do Álcool, juntamente com dados sociodemográficos e outros questionamentos relacionados às variáveis estabelecidas. Os resultados encontrados foram as prevalências para o uso de tabaco na vida e no período da pesquisa de 47,6% e 39,5% respectivamente, de 58,9% e 57,2% para o álcool e 40,3% e 32,2% para os que consomem ambas as substâncias. A magnitude do fenômeno na população masculina compreende para o tabaco 43% para o uso na vida e 32,1% para o uso atualmente e na população feminina 52,3% para o uso na vida e 47% para o uso atualmente. Para o álcool o fenômeno atinge a população masculina na proporção de 54,1% para o uso na vida e 53,2% para o uso no momento da pesquisa e a população feminina 63,6% para o uso na vida e 61,3% para o uso atualmente. Entre as características avaliadas na composição do perfil epidemiológico desta população destaca-se ser jovem, entre 21 a 23 anos (32,4% para o tabaco e 39% para o álcool), estar cursando os três primeiros anos do ensino superior (75,3% para o tabaco e 76,8% para o álcool), ser solteiro (68,2% para o tabaco e 76,1% para o álcool), sem filhos (78,7% para o tabaco e 76,1% para o álcool) e morar com os pais (56,2% para o tabaco e 72% para o álcool) que custeiam todas as despesas, inclusive as oriundas do consumo do tabaco e de álcool, pais estes com ensino superior completo (49,2% para o tabaco e 52,7% para o álcool). Estes jovens têm influência dos grupos sociais (família de 40,7% para o álcool e amigos de 41,9% para o álcool e 47,1% para o tabaco) na adoção de comportamentos e atitudes com relação ao consumo. Concluise que o consumo de tabaco e de álcool apresentaram-se maiores na população feminina nesta população e as prevalências encontradas para o uso de tabaco na vida e atualmente são superiores às encontradas em outras pesquisas para ambos os gêneros. Para o álcool, as prevalências para o uso na vida em ambos os gêneros e para o uso atualmente no gênero masculino são inferiores, enquanto que, para o uso atualmente no gênero feminino são similares às encontradas em pesquisas realizadas em outras localidades. Diante do constatado recomenda-se a realização de novos estudos considerando variáveis culturais assim como a adoção de medidas em diferentes âmbitos no intuito de minimizar os problemas advindos da dependência ou do comprometimento da saúde causados pelo uso prolongado destas substâncias.

ASSUNTO(S)

prevalence college students of the area of health álcool prevalência alcohol universitários da área da saúde tabaco tobacco ciencias da saude

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