Prevalência de teníase e sorologia positiva para cisticercose em Mulungu do Morro, Bahia

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Neuro-Psiquiatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2002-06

RESUMO

Embora alguns autores não a considerem uma região endêmica, existem no Nordeste do Brasil as condições necessárias para o desenvolvimento do complexo teníase/ cisticercose. Em uma publicação prévia demosntramos no município de Mulungu do Morro, Bahia, alta soroprevalência para cisticercose em pacientes epilépticos. OBJETIVO: determinar a prevalência de teníase e sorologia positiva para cisticercose na população de Mulungu do Morro. MÉTODO: foram coletadas amostras de sangue e fezes em 175 famílias definidas aleatoriamente. A identificação de anticorpos séricos anti-cisticerco foi feita através do método de EITB e a presença de teníase foi verificada através de ELISA de captura para identificação de antígenos do parasita nas fezes. RESULTADOS: encontramos soroprevalência para cisticercose de 1,6% (IC a 95% de 0,8 a 2,8%) e prevalência de teníase de 4,5% (IC a 95% de 3,0 a 6,5%). Foi observado maior número de soropositivos nas famílias em que havia uma pessoa com teníase (p=0,007). CONCLUSÕES: nossos resultados demonstram que Mulungu do Morro é endêmico para teníase e cisticercose. Acreditamos que os demais municípios do Nordeste, cujas características socio-econômicas e condições sanitárias são semelhantes ao estudado, apresentam também alta prevalência dessa parasitose e que estudos epidemiológicos são necessários para esta definição e para que medidas de controle sejam tomadas.

ASSUNTO(S)

cisticercose teníase epidemiologia prevalência fatores de risco

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