Prevalencia de obesidade em adolescentes da rede estadual de ensino da cidade de Bragança Paulista - SP

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2002

RESUMO

o número de adolescentes com sobrepeso e obesidade tem aumentado nas últimas décadas, constituindo importante fator de preocupação na área de Saúde Pública. Os objetivos do trabalho foram determinar a prevalência da obesidade entre adolescentes da Rede Estadual de Ensino da cidade de Bragança Paulista, SP, avaliar a sua composição corporal, comparar a prevalência da obesidade em diferentes faixas etárias e sexo, relacionar a obesidade com o peso ao nascer e relacionar a obesidade dos adolescentes com o estado nutricional de seus pais. Foi realizado um estudo transversal com 1.334 adolescentes, na faixa etária de 11 a 18 anos, matriculados nas escolas da Rede Estadual de Ensino da 5 série ao 3° colegial, sendo 796 (59,7%) do sexo feminino e 538 (40,3%) do sexo masculino. As variáveis estudadas nos adolescentes foram: sexo, idade (anos completos), cor da pele, escolaridade (ano que está fteqüentando a escola), peso ao nascer (Kg), peso atual (Kg), estatura (em), prega cutânea do tríceps (mm), circunferência do braço (em). As variáveis estudadas nos pais foram: sexo, idade (anos completos), peso atual (Kg), estatura (cm) e escolaridade (número de anos completos que a mãe e o pai fteqüentaram a escola). O diagnóstico nutricional foi feito por meio do índice de massa corpórea -IMC (peso (Kg)/Altura2 (m)), composição corporal (por meio das medidas das pregas cutâneas do tríceps e subescapular, da porcentagem de gordura corporal- equações de SLAUGHTER et ai., 1988 e da área muscular e adiposa do braço - FRISANCHO, 1981) e da Avaliação do Estado Nutricional. Esta foi realizada por meio das medidas anteriores de acordo com indicadores antropométricos recomendados para adolescentes proposto por MUST, DALLAL, DIETZ, 1991 e COLE et ai., 2000. Os resultados encontrados em ambos os critérios mostram uma baixa prevalência de obesidade entre os adolescentes (MUST et ai., 1991: 3,5%; COLE et ai., 2000: 2,5%). Observou-se pelas curvas de crescimento do IMC, das pregas e gordura corporal, que as meninas a partir dos 16 anos diminuem os valores altos, apresentando um estreitamento entre o percentil 75 e 95, enquanto que nos meninos esse afastamento não diminui. Encontrou-se maior prevalência da obesidade em adolescentes que possuem pais (pai e mãe) obesos, quando comparados aos pais com peso normal. Não foi vista associação entre o IMC dos filhos com a escolaridade dos pais e com o peso ao nascer dos adolescentes. Conclui-se que a obesidade não é um problema de Saúde Pública entre os adolescentes da Rede Estadual de Ensino de Bragança Paulista, que a meninas a partir dos 16 anos apresentam uma preocupação com o peso, existe associação do IMC dos adolescentes com o dos pais e uma maior porcentagem de adolescentes obesos quando o seus pais (pai e mãe) também são obesos

ASSUNTO(S)

adolescentes antropometria obesidade na adolescencia

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