Prevalência de impulsividade em pacientes com enxaqueca sem e com abuso de medicação

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Neuro-Psiquiatr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-12

RESUMO

RESUMO Introdução: A enxaqueca é uma das condições mais comuns na prática clínica neurológica, enquadrando-se no grupo das cefaleias primárias. Sua prevalência é maior na faixa etária de 25 a 55 anos, coincidindo com o pico da produtividade econômica. Muitos pacientes recorrem ao uso abusivo de analgésicos. O uso excessivo desses medicamentos é definido pela sua utilização por pelo menos 15 vezes ao mês, por um período de no mínimo três meses. A impulsividade e a enxaqueca causam prejuízos na vida dos indivíduos afetados, podendo comprometer os âmbitos social, emocional e profissional, resultando em um prejuízo monetário a esse grupo, em relação à população em geral. Objetivo: Investigar a presença de comportamento impulsivo em pacientes com enxaqueca com abuso de analgésico. Métodos: Estudo de corte transversal com 210 pacientes, homens e mulheres, sendo 140 com diagnóstico de enxaqueca segundo os critérios da Classificação Internacional das Cefaleias (IHCD-3), subdivididos em dois grupos de 70 pacientes cada, um composto por pacientes em uso excessivo de medicamentos, e um grupo controle composto por indivíduos sem enxaqueca. Todos os pacientes foram avaliados com a Escala de Impulsividade de Barratt - BIS 11. Resultados: O grupo com enxaqueca apresentou maior impulsividade, seguido do grupo controle e, por fim, o grupo com enxaqueca com abuso de medicamentos. No entanto, essas diferenças não atingiram significância estatística. Conclusão: Não foi possível encontrar relação direta entre a enxaqueca e comportamentos impulsivos. No entanto, esta relação foi maior entre os pacientes com enxaqueca sem abuso de analgésico.

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