Prevalência de fatores de risco para demência em adultos e idosos cadastrados na Atenção Primária à Saúde

AUTOR(ES)
FONTE

Dement. neuropsychol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-04

RESUMO

RESUMO. A identificação da prevalência de fatores de risco para demência é importante para reduzir a velocidade da progressão e evolução da doença, e para subsidiar programas de prevenção e intervenção. Objetivo: O objetivo foi avaliar a prevalência desses fatores em indivíduos cadastrados na Atenção Primária à Saúde (APS), relacionando com sexo e faixa etária. Métodos: Estudo transversal e quantitativo, com n=300 indivíduos acima de 45 anos. Avaliou-se a prevalência dos fatores de risco principais para demência (baixa escolaridade, perda auditiva, hipertensão arterial, obesidade, tabagismo, depressão, inatividade física, isolamento social e diabetes mellitus) e dos outros fatores (má alimentação, consumo de álcool, traumatismo craniano, unilinguismo, déficit visual e distúrbios do sono), identificados na literatura. Conduziu-se uma regressão de Poisson, por sexo e faixa etária (45-59 e 60+ anos). Resultados: Os fatores de risco principais com maior prevalência foram a inatividade física (60,3%), a sintomatologia depressiva e a hipertensão arterial (56,7% cada). Dentre os outros fatores, prevaleceram: unilinguismo (98,0%), déficit visual (84,7%), consumo irregular de frutas (60,4%) e de verduras ou legumes (53,5%). Não foram identificadas diferenças entre os sexos. Confirmou-se diferença significativa para a escolaridade e faixa etária, com os idosos apresentando maior prevalência de baixa escolaridade. Conclusão: Os resultados podem guiar intervenções, especialmente em países em desenvolvimento. A prática de atividades físicas e a alimentação devem ser o foco dessas intervenções, auxiliando indiretamente na redução da prevalência de outros fatores. A identificação precoce, o rastreamento e o tratamento adequado de sintomas depressivos, hipertensão arterial e déficit visual também são importantes.

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