Prevalência de dor orofacial em músicos de instrumento de sopro

AUTOR(ES)
FONTE

BrJP

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-01

RESUMO

RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Estudo observacional transversal foi conduzido devido às incertezas que ainda existem sobre o papel de tocar instrumentos musicais de sopro nas queixas musculoesqueléticas. Portanto, o objetivo foi avaliar a prevalência de disfunção temporomandibular e fatores associados em músicos de instrumento de sopro. MÉTODOS: Foram avaliados músicos de instrumento de sopro da Escola de Música Belas Artes do Paraná, durante o período de nove meses. Para obtenção das variáveis de interesse, os eixos I e II do instrumento Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders foi utilizado. As análises estatísticas foram realizadas com o software SPSS 2.0, utilizando-se o teste Exato de Fisher, com nível de significância 5%. RESULTADOS: Foram avaliados 35 músicos, 85,7% do sexo masculino e 14,3% do sexo feminino. A prevalência de disfunção temporomandibular foi de 51,4%, sendo mais comumente encontrado no grupo II (deslocamentos do disco) 34,2%. Esse resultado apresentou-se estatisticamente significante quando associado ao sexo feminino (p=0,052). Distúrbios do grupo I (distúrbios musculares) foram diagnosticados em 5 pacientes (14,2%) e distúrbios do grupo III (distúrbios articulares) foram diagnosticados em 3 pacientes (8,5%). O sexo também influenciou na presença de dor crônica, sendo mais frequente no sexo feminino (p=0,019). CONCLUSÃO: Nesta pesquisa encontrou-se grande prevalência de indivíduos acometidos por disfunção temporomandibular. Portanto, é necessário o desenvolvimento de estudos com amostras ampliadas, bem como propagar medidas educativas e preventivas, sendo esse um público para o qual o especialista em dor e disfunção temporomandibular deve dedicar maiores cuidados.

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