Prevalência de colelitíase em 1.229 pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico laparoscópico de DRGE e megaesôfago: a colecistectomia associada mostra-se segura
AUTOR(ES)
SALLUM, Rubens Antonio Aissar, PADRÃO, Eduardo Messias Hirano, SZACHNOWICZ, Sergio, SEGURO, Francisco C. B. C., BIANCHI, Edno Tales, ECCONELLO, CIvan
FONTE
ABCD, arq. bras. cir. dig.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-06
RESUMO
RACIONAL: São controversas as relações entre megaesôfago e doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) com colelitíase, especialmente a forma mais adequada de conduzir pacientes com ambas. Dados epidemiológicos são díspares devido às diversas metodologias aplicadas, às diferenças regionais e à quantidade de pacientes envolvidos. OBJETIVO: Estudar a prevalência de colelitíase em pacientes submetidos às operações de refluxo gastroesofágico e megaesôfago (chagásicos ou não) e a segurança da colecistectomia estar associada. MÉTODO: Análise retrospectiva de 1410 pacientes operados entre 2000 e 2013. Eles foram divididos em dois grupos: os com DRGE e operados por hiatoplastia/fundoplicatura a Nissen laparoscópicas e os com acalásia por cardiomiotomia e fundoplicatura parcial laparoscópicas. Foram coletados dados epidemiológicos, diagnóstico, a presença ou não de litiase biliar, tratamento cirúrgico efetuado, complicações clínicas ou cirúrgicas e mortalidade. Todos os grupos e subgrupos foram comparados. RESULTADOS: Foram estudados 1229 pacientes portadores de megaesôfago e/ou DRGE, operados por fundoplicatura com hiatoplastia, nos casos de DRGE, e cardiomiectomia com fundoplicatura, nos casos de megaesôfago, no período de 2000 a 2013, verificando-se presença de colelítiase ou colecistectomia prévia. A colelítiase ocorreu mais no sexo feminino (2,38:1) e na faixa etária entre os 50 e 70 anos. A prevalência global foi de 11,43%; 13,08% na DRGE, menor nos portadores de esôfago de Barrett (6,67%) sendo a diferença significativa (p=0,037); e 9,44% no megaesôfago, não havendo diferença significativa entre os chagásicos e os idiopáticos (p=0,677). Não houve mortalidade ou complicações relacionadas à colecistectomia nesta série. CONCLUSÕES: A prevalência de colelitíase é maior nos pacientes com DRGE do que nos com megaesôfago. Não há diferenças na prevalência de colelitíase nos pacientes com megaesôfago chagásico e não chagásico. É mais frequente litíase biliar nos pacientes sem esôfago de Barrett em relação portadores. A colecistectomia videolaparoscópica simultânea se mostrou-se segura.
ASSUNTO(S)
acalásia, idiopática doença de chagas doença do refl;uxo gastroesofágico colelitíase colecistectomia fundopliatura cardiomiotomia
Documentos Relacionados
- Prevalência de colelitíase em pacientes com megaesôfago chagásico
- A colecistectomia laparoscópica é segura em pacientes com cirrose hepática?
- FUNCIONALIDADE DE PACIENTES COM NEOPLASIA GASTROINTESTINAL ALTA SUBMETIDOS AO TRATAMENTO CIRÚRGICO EM FASE HOSPITALAR
- Colelitíase associada ao uso de ceftriaxona
- Alterações histológicas da vesícula biliar de doentes submetidos à colecistectomia por colelitíase