Prevalência de cárie dentária em crianças de 6 e 12 anos de idade de escolas públicas do município de Maringá-PR

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

Visando contribuir com o processo de vigilância epidemiológica e conhecer as reais condições de saúde bucal de escolares de ensino público do município de Maringá, Paraná, Brasil, conduziu-se esta pesquisa. A prevalência de cárie foi avaliada em uma amostra sistemática constituída de 610 crianças de 6 e 12 anos de idade, de ambos os sexos, residentes na zona urbana. A metodologia empregada baseou-se no Projeto SB Brasil Condições de Saúde Bucal da População Brasileira, incluindo-se a avaliação clínica de dentes decíduos e permanentes de acordo com os critérios de diagnóstico preconizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O teste Kappa indicou boa e ótima concordância inter e intra examinadores. O ceo-d e o CPO-D médio foram iguais a, respectivamente, 1,8 e 1,5. Nos dentes decíduos, observou-se que a média de dentes decíduos cariados (1,0) predominou sobre a de obturados (0,7), ao passo que nos dentes permanentes, a média do componente obturado (1,1) predominou sobre a do cariado (0,4). A participação pouco expressiva do componente perdido P, nas duas idades revelou uma tendência positiva dos serviços odontológicos quanto à preservação de ambas dentições. Encontravam-se livres de cárie, aos 6 anos de idade, 47,7% das crianças (30,8% com ceo-d de 1 a 3, 17,3% de 4 a 7 e 4,3% com valores maiores) e aos 12 anos, 50,0% (33,2% com CPO-D de 1 a 3, 21,6% de 4 a 7 e 2,1% com valores maiores). Confirmando o fenômeno da polarização, 21,6% e 23,7% dos escolares concentraram as maiores taxas da doença. Aos 12 anos, houve diferença estatisticamente significante (p<0,05) na ocorrência de cárie entre os sexos, sendo esta superior para os meninos. Comparando-se a distribuição da cárie dentária entre escolas municipais e estaduais não foram identificadas diferenças estatisticamente significantes ao se analisar o índice ceo-d, porém estas foram observadas focando-se o índice CPO-D. A comparação dos resultados deste estudo com os obtidos em levantamentos epidemiológicos realizados no mesmo município, em anos anteriores (1991 e 1994), mostrou uma efetiva redução na prevalência de cárie para a idade de 12 anos, contudo, aos 6 anos esta mesma tendência não pôde ser observada. Conclui-se que a saúde bucal dos escolares pertencentes à amostra analisada está de acordo com as metas preconizadas pela OMS para o ano 2000, havendo o registro de baixa prevalência da doença cárie e que a continuidade de programas educativos e preventivos são fundamentais para se alcançar os novos objetivos propostos para o ano 2010.

ASSUNTO(S)

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