"Prevalência de anemia ferropriva em crianças matriculadas em duas creches municipais de Guarapuava - PR.2005" / "Prevalency of iron deficiency anemia in children registered two municipal day-care centers of Guarapuava - PR. 2005"

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

O presente estudo teve como objetivo descrever a prevalência de anemia ferropriva em crianças matriculadas em duas creches municipais de Guarapuava – PR, no ano de 2005. Caracteriza-se como seccional ou corte transversal, de prevalência e de base populacional, envolvendo 156 crianças com idade inferior a seis anos, matriculadas nas creches municipais da zona urbana da cidade. Para caracterizar a população estudada foram obtidas informações junto às fichas cadastrais nas creches sobre variáveis relativas à criança: data de nascimento e sexo. Para mensuração da dosagem de hemoglobina sangüínea, foram coletadas amostras de sangue na ponta do dedo médio, para leitura em hemoglobinômetro portátil (Hemocue). A prevalência da anemia nas creches estudadas foi de 42,9%, ou seja 67 das 156 crianças em que se determinou a concentração de hemoglobina com valores inferiores a 11 g/dl. A prevalência para o sexo feminino foi de 42,3%, ou seja, entre as 71 meninas, 30 delas apresentaram concentração de hemoglobina com valores inferiores a 11g/dl e, para o sexo masculino igual a 43,5%, ou seja, entre os 85 meninos, 37 deles apresentaram concentração de hemoglobina com valores inferiores a 11g/dl. Dentre as 67 crianças com anemia, 25 (37,3%) crianças apresentaram anemia grave, sendo que no grupo das 30 meninas com anemia, 10 ( 33,3%) apresentaram anemia grave e, no grupo dos 37 meninos com anemia, 15 (40,5%) apresentaram anemia grave. Ainda nas 67 crianças com anemia 45 (67,2%) apresentavam idade inferior a 24 meses, sendo que no grupo das 30 meninas com anemia, 21 (70%) apresentavam idade inferior a 24 meses e para o grupo das 37 meninos com anemia, 24 (64,9) apresentavam idade inferior a 24 meses. Dentre as 25 crianças com anemia grave, 17 (68,0%) apresentavam idade inferior a 24 meses, sendo que para o grupo de 10 meninas com anemia grave, 9 (90%) apresentavam idade inferior a 24 meses e, para o grupo de 15 meninos com anemia grave, 8 (53,3%) apresentavam idade inferior a 24 meses. Alguns fatores podem ter contribuído para esse resultado. Um deles é o estado nutricional das crianças antes de ingressarem nas escolas infantis, o qual poderia já estar comprometido. Outro importante fator a ser considerado é a baixa inserção sócio-econômica das crianças que freqüentam as creches municipais, a qual impõe condições de vida que as tornam mais vulneráveis à diarréia, às infecções respiratórias e às parasitoses intestinais, podendo comprometer, de forma marcante, o consumo de alimentos por redução do apetite e por diminuição da absorção de nutrientes entre eles o ferro. Espera-se que os resultados forneçam subsídios para um melhor conhecimento e acompanhamento da situação nutricional destas crianças, já que constituem instrumento essencial para a aferição das condições de saúde da população infantil, além de oferecer medidas objetivas das condições de vida da população em geral.

ASSUNTO(S)

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