Prevalência da resposta imunológica e virológica discordante em pacientes com AIDS sob terapêutica antirretroviral em ambulatório de centro de cuidados especializados no Brasil
AUTOR(ES)
Casotti, Janaina Aparecida Schineider, Passos, Luciana Neves, Oliveira, Fabiano José Pereira de, Cerutti Jr, Crispim
FONTE
Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-12
RESUMO
Alguns pacientes sob terapêutica antirretroviral (TARV) não obtêm recuperação imune quando a carga viral se torna indetectável. Isto é chamado resposta imunológica e virológica discordante. A prevalência varia entre 8% e 24%. Este estudo descreve sua prevalência e características dos afetados em ambulatório de um centro de cuidados especializados brasileiro. De 934 pacientes sob TARV, 536 tinham carga viral indetectável. A prevalência foi 51/536, ou 9% (Intervalo de Confiança de 95% de 6,6% a 11,4%). Idade mediana no início da TARV foi 37 anos (distância interquartílica - DQ: 31 a 45). Gênero masculino e cor parda predominaram (76,5% e 47,1%, respectivamente). Doenças definidoras de Aids estavam ausentes no início da TARV em 60,8%. Cinquenta e um por cento recebiam inibidores da Protease, 43,2% Efavirenz e 5,8% ambos. Tempo mediano de TARV foi 36 meses (DQ: 17-81). Tratamento irregular foi registrado em 21,6%. TARV havia sido anteriormente modificado em 63% e 15,7% haviam usado mono ou dupla terapêutica. A contagem mediana de CD4 foi 255 células/mm³ (DQ: 200-284). O logaritmo mediano da carga viral antes do TARV foi 4,7 (DQ: 4,5-5,2). Aqueles com resposta discordante não eram diferentes dos pacientes com AIDS em geral, mas houve alta frequência de múltiplos esquemas terapêuticos.
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