Prevalência da infecção por papilomavírus humano, herpes simplex tipo 1 e 2 e Chlamydia trachomatis em um segmento da população feminina da grande Natal/RN

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/04/2011

RESUMO

As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) estão entre os maiores problemas de saúde pública, especialmente em países em desenvolvimento. A aquisição dessas infecções durante o início da atividade sexual é freqüente, porém muitas dessas infecções têm curso benigno. Entretanto, em algumas o patógeno permanecer em estado de latência podendo ser reativado e causar infecção produtiva que podem evoluir para formas graves. Além disso, alguns delas se transmitem verticalmente, resultando em infecção congênita, causando danos imediatos ou em longo prazo à criança. Os fatores de risco clássicos para agentes sexualmente transmissíveis são: início precoce da vida sexual e reprodutiva, múltiplos parceiros sexuais ao longo da vida, uso de contraceptivos orais e co-infecções por diferentes patógenos. Nós apresentados os resultados de um estudo transversal, que teve como objetivo, estimar a prevalência de infecção genital pelo Papilomavírus humano (HPV), pelo vírus Herpes simples (HSV) e por Chlamydia trachomatis (CT) em um segmento da população feminina da região metropolitana de Natal, arroladas entre aquelas que procuraram voluntariamente, Unidades Básicas de Saúde para a realização do exame de rastreamento do câncer de colo do útero no período de 2008 a 2010. Todas as participantes, num total de 261 mulheres, responderam a um questionário padronizado por meio do qual foram identificadas às características sócio-demográficas, fatores de risco clássicos para DSTs, atividade sexual e reprodutiva e tabagismo. Foram obtidas duas amostras de cada paciente, uma destinada a realização do exame citológico de Papanicolaou para a detecção de alterações celulares e a outra processada para a extração de DNA, e analisadas por PCR (reação em cadeia de polimerase) para a detecção dos três patógenos estudados. A população alvo do estudo foi composta por mulheres sexualmente ativas, com idade entre 13 e 79 anos, média de 38,7 anos, sendo a maioria delas casadas, com baixo grau de instrução e baixa renda. A maioria (87%) apresentou resultado normal no exame citológico e apenas 2,7% apresentaram alterações citológicas de baixo grau. Foram encontradas taxas de prevalência de 37,9% para HPV, 4,6% para CT e 26% para o HSV. A prevalência do HPV foi maior nas mulheres com até 25 anos, nas solteiras e naquelas que tiveram múltiplos parceiros sexuais. As mulheres com infecção simultânea por HSV-1 e 2 aprestaram maior prevalência de infecção por HPV. A prevalência da infecção pelo HSV não apresentou indício de associação com os fatores de risco analisados e o HSV-1 foi o tipo predominante entre os casos de infecção genital pelo HSV. A prevalência geral da C. Trachomatis foi relativamente baixa, apresentado maior valor nas mulheres mais jovens, com idade menor ou igual a 20 anos

ASSUNTO(S)

hpv c. trachomatis hsv prevalência fatores de risco biologia geral

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