Prevalência da hipermobilidade articular em uma amostra de base populacional de idosos da cidade de Porto Alegre

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

22/12/2008

RESUMO

INTRODUÇÃO : A Hipermobilidade Articular (HA) é uma alteração musculoesquelética que inicia na infância e pode acompanhar o indivíduo durante toda a sua vida. O envelhecimento da população mundial, gera uma grande preocupação por parte dos profissionais da saúde em investigar eventos que ocorrem durante o envelhecimento humano, principalmente com as pessoas com mais de 60 anos. Entre esses eventos, está a HA que é o tema dessa pesquisa.OBJETIVOS : O presente estudo teve como objetivo estudar a ocorrência de HA em idosos da cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Além disso, identificar o perfil dos colaboradores em relação a idade, gênero e índice de massa corporal. Ainda propôs-se analisar a associação entre a prevalência da HA e o índice de atividade física e a análise da associação entre a prevalência da HA e o equilíbrio de idosos, em uma amostra de base populacional de idosos da cidade de Porto Alegre.MÉTODOS : Essa pesquisa caracteriza-se por um estudo transversal em uma amostra de base populacional. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e a partir desse momento os idosos tiveram sua altura medida por um estadiômetro, pesados em balança digital, tendo o peso corporal e a massa de gordura avaliados pelo mesmo instrumento, através do método de bioimpedância eletrônica. Em seguida foi realizado registro fotográfico da avaliação de hipermobilidade articular dos colaboradores, segundo os critérios de Beighton e Horan. Logo após foi aplicado o questionário IPAQ para avaliar o índice de atividade física e dois testes de equilíbrio, sendo eles o TUG e o Teste de Alcance Funcional.RESULTADOS : Como resultado encontrou-se que a prevalência de HA entre os idosos pesquisados foi de 10,4%, sendo 13,4% dos idosos eram do sexo feminino e apenas 2,3% eram homens. Observamos neste estudo que existe uma tendência linear no aumento da prevalência de HA proporcional ao aumento da renda familiar, Observou-se que as médias dos testes de equilíbrio foram um pouco maiores no grupo de idosos com HA, mas sem relevância estatística e contatou-se que os idosos com HA tem um IMC menor do que aqueles que não apresentam a HA. Para os riscos de queda, segundo o teste TUG, a maior parte dos idosos apresentaram um baixo risco de quedas, o que difere dos resultados de risco de quedas para o Teste de Alcance funcional, onde a maior parte dos idosos apresentou risco alto ou intermediário.CONCLUSÃO : Contempla-se com esta pesquisa novas elucidações em relação a saúde dos idosos, podendo auxiliar os profissionais que trabalham com o fenômeno do envelhecimento humano a compreender e questionar os resultados aqui apresentados. Toda pesquisa deve gerar questionamentos para novos estudos e assim sucessivamente, tornando a busca pelo conhecimento sobre a complexidade do corpo humano interminável e instigadora.

ASSUNTO(S)

gerontologia geriatria envelhecimento idosos atividades motoras equilÍbrio postural atividades cotidianas medicina

Documentos Relacionados