Prevalência da associação entre disfunção temporomandibular e otalgia em pacientes atendidos em ambulatório de otorrinolaringologia / Prevalence of the association between temporomandibular disorders and otalgia in patients seen in the otorhinolaringology service

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

02/07/2010

RESUMO

O objetivo nesta pesquisa foi avaliar a associação da prevalência de Desordens Temporomandibulares (DTM) em pacientes com otalgia, atendidos no Serviço de Otorrinolaringologia do Ambulatório Araújo Lima da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Amazonas, cujos exames médicos específicos tenham descartado causas otorrinolaringológicas para tais manifestações e, descrever a prevalência dos principais sinais e sintomas otológicos em pacientes com diagnóstico de DTM sem patologia otorrinolaringológica associada. Foram avaliados 500 pacientes com otalgia. O exame otorrinolaringológico consistiu na submissão dos pacientes a avaliações de orofaringoscopia, rinoscopia anterior e otoscopia, com o objetivo de afastar patologias específicas da área. Os pacientes voluntários com hipótese diagnóstica de desordens temporomandibulares foram encaminhados para avaliação e diagnóstico diferencial na área odontológica. O diagnóstico odontológico foi realizado por meio dos exames previstos na Ficha Clínica do CETASE/FOP-UNICAMP (Centro de Estudos e Tratamento das Alterações Funcionais do Sistema Estomatognático da Faculdade de Odontologia de Piracicaba - Universidade Estadual de Campinas). O teste estatístico utilizado para verificar associações significativas, foi o G-teste. O nível de significância utilizado no teste foi de 5%. Entre os 500 pacientes avaliados, 94 (18,8%) apresentaram disfunção temporomandibular (DTM). Para os pacientes que apresentavam diagnóstico sugestivo de DTM: a amostra foi significantemente maior para o gênero feminino e na quarta década de vida; a sensação de surdez ou "ouvido tapado" atingiu 72,3% da amostra estudada, seguido de cefaléia (53,8%), zumbido (29,8%) e tontura (26,6%). A amostra de pacientes com DTM foi bastante significativa para dores na nuca e/ou pescoço (79,8%), dores nas costas (74,5%), dor na região temporal (66,0%), dor na região masseterina (63,8%) e na região frontal (56,4%). O estalido foi o sinal mais informado (39,4%), seguido de creptação (10,6%) e sensação de papel amassado (2,1%). O diagnóstico da DTM é muito controverso, assim como a relação deste com os sintomas otológicos, sendo muito importantes outros estudos a cerca deste mesmo assunto

ASSUNTO(S)

articulação temporomandibular temporomandibular joint

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