Prevalência da anomalia de Linburg-Comstock em uma amostra populacional brasileira
AUTOR(ES)
Barreto, Leonardo Coêlho de Alencar; Fernandes, Carlos Henrique; Nakachima, Luis Renato; Santos, João Baptista Gomes dos; Fernandes, Marcela; Faloppa, Flavio
FONTE
Rev. bras. ortop.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-06
RESUMO
Resumo Objetivo Determinar a prevalência da anomalia de Linburg-Comstock em uma amostra populacional brasileira. Métodos Estudo observacional transversal realizado no período de outubro de 2017 a abril de 2018. Foram incluídos voluntários dos gêneros feminino e masculino, com idade igual ou superior a 18 anos. A presença da anomalia de Linburg-Comstock foi determinada pela realização dos testes clínicos descritos por Linburg e Comstock. Os dados foram analisados por meio do software GraphPad Prism, sendo consideradas diferenças com valores de p < 0,05. Resultados O estudo analisou 1.008 voluntários (2.016 mãos) com idade média de 38,3 anos, dos quais 531 (52,67%) eram do gênero masculino, e 477 (47,33%) eram do gênero feminino. A anomalia de Linburg-Comstock foi diagnosticada em 564 voluntários (55,95%) da população estudada, sendo bilateral em 300 (53,2%), direita em 162 (28,72%), e esquerda em 102 (18,08%). Não foram encontradas diferenças significativas quando se comparou a prevalência entre os gêneros. Porém, foi encontrada uma maior prevalência da anomalia direita na população masculina (n = 99; 70,21%) do que na feminina (n = 63; 51,21%), com p = 0,0016. Além disso, a presença da dor pela manobra descrita por Linburg e Comstock foi mais prevalente nas mulheres (n = 150; 54,94%) do que nos homens (n = 105; 36,08%), com p = 0,0001. Estes resultados mostram a importância dos estudos epidemiológicos sobre a anomalia de Linburg-Comstock, principalmente com o intuito de investigar a presença de afecções associadas. Conclusão A prevalência da anomalia de Linburg-Comstock na população estudada foi de 55,95%, sendo bilateral em 53,2% dos voluntários. A presença da conexão foi observada com maior frequência do lado direito em homens, mas o sintoma dor foi mais frequente nas mulheres.
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