Prevalência da adesão ao tratamento anti-hipertensivo em hipertensos resistentes e validação de três métodos indiretos de avaliação da adesão

AUTOR(ES)
FONTE

Cadernos de Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-12

RESUMO

O estudo estimou a adesão ao tratamento anti-hipertensivo farmacológico utilizando-se três métodos indiretos em uma coorte de hipertensos resistentes no Rio de Janeiro, Brasil, 2005. Os métodos foram: avaliação pelo paciente; avaliação do médico; teste de Morisky-Green (TMG) adaptado para a língua portuguesa. Foi realizada validação preditiva comparando-se a diferença tanto de pressões de consultório como de monitorização de 24 horas (MAPA), em duas ocasiões, de pacientes com e sem adesão. As médias de pressões entre os grupos foram comparadas usando-se testes não-paramétricos. Foram entrevistados 200 pacientes com idade média de 63 anos (DP = 10,3), 73,5% do sexo feminino. A prevalência de adesão foi de 51% pelo TMG, 52% pelo médico e 80,5% pelo paciente. Ocorreram reduções das pressões arteriais de consultório e na MAPA dos pacientes com adesão por todos os métodos, mas não para os não-aderentes. O emprego de mais de um método para avaliação da adesão mostrou que indivíduos não-aderentes pelos três métodos (11,9%) tiveram pior evolução dos níveis tensionais. Esse achado sugere que a hipertensão resistente não pode ser atribuída unicamente à baixa adesão.

ASSUNTO(S)

hipertensão validade dos testes assistência ambulatorial

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