Prevalence of Preeclampsia in Brazil: An Integrative Review
AUTOR(ES)
Guida, José Paulo de Siqueira; Andrade, Beatriz Gadioli de; Pissinatti, Luis Gabriel Ferreira; Rodrigues, Bruna Fagundes; Hartman, Caio Augusto; Costa, Maria Laura
FONTE
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2022
RESUMO
Resumo Objetivo Revisar a literatura e estimar a ocorrência de pré-eclâmpsia e suas complicações no Brasil. Métodos Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, com a inclusão de estudos observacionais publicados até agosto de 2021, nas bases de dados PubMed e SciELO, que avaliavam pré-eclâmpsia em mulheres brasileiras. Outras variáveis de interesse foram morte materna, morte neonatal, síndrome de hemólise, enzimas hepáticas elevadas e plaquetopenia (hemolysis, elevated liver enzymes, and low platelet count, HELLP, em inglês) e eclâmpsia. Três revisores independentes avaliaram os estudos identificados e selecionaram aqueles que preenchiam os critérios de inclusão. Foi realizada uma meta-análise da prevalência de pré-eclâmpsia e eclâmpsia, para estimar sua frequência acumulada com relação aos estudos incluídos. Resultados Foram identificados 304 estudos, 10 dos quais foram incluídos na análise final, num total de 52.986 mulheres. A frequência acumulada de pré-eclâmpsia foi de 6,7%, com um total de 2.988 casos. A frequência de eclâmpsia variou de 1,7% a 6,2%, ao passo que a ocorrência de síndrome de HELLP foi pouco relatada. A prematuridade associada a hipertensão foi de 0,5% a 1,7%. Conclusão A frequência de pré-eclâmpsia foi similar à de estudos internacionais; no entanto, ao longo dos últimos anos, ela vem aumentando no Brasil, possivelmente como reflexo da adoção de novos critérios diagnósticos. A criação de uma rede nacional de vigilância seria fundamental para entender o problema da hipertensão na gestação no país.