Prevalence of Helicobacter pylori infection in advanced gastric carcinoma

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Gastroenterologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-12

RESUMO

RACIONAL: Existe evidência de que a infecção pelo Helicobacter pylori desempenha papel importante na causa do câncer gástrico e que é raramente encontrada em biopsias de gastrite atrófica e em tecido tumoral de câncer do estômago. Com a evolução para câncer gástrico avançado, a bactéria tende a desaparecer do tecido tumoral OBJETIVOS: Analisar a prevalência do H. pylori em peças operatórias de carcinomas gástricos avançados e no tecido adjacente aos tumores, comparando os tumores tipo intestinal e difuso de acordo com a classificação de Lauren MÉTODOS: Estudo prospectivo controlado incluiu 56 pacientes operados no Hospital Universitário da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, com câncer gástrico avançado, entre fevereiro de 2000 e março de 2003. Imediatamente após a gastrectomia, a peça operatória foi aberta e foram feitas várias biopsias do tecido neoplásico e da mucosa adjacente a 4 cm da margem tumoral. Os tecidos formam processados e corados pela hematoxilina-eosina. Foi usada a classificação de Lauren para carcinoma gástrico. A infecção pelo H. pylori foi diagnosticada pelo teste da urease, dosagem de IgG por ELISA e histopatologia com coloração Giemsa. Os pacientes infectados pelo H. pylori foram tratados com omeprazol, claritromicina e amoxicilina por 7 dias. Após 6 meses, 1 ano e 2 anos, foi feito seguimento utilizando endoscopia, dosagem de IgG e teste da urease para avaliar o sucesso da erradicação do H. pylori e recidiva do tumor RESULTADOS: O carcinoma tipo intestinal ocorreu em 34 (60,7%) pacientes e 22 (39,3%) foram acometidos de carcinoma difuso. No tecido adjacente não-tumoral a gastrite crônica foi observada em 53 casos (94,6%) e mucosa atrófica em 36 pacientes (64,3%), todos H. pylori positivos. Exames pelo Giemsa e teste da urease revelaram maior prevalência de H. pylori positivo no tecido tumoral do carcinoma tipo intestinal do que no tipo difuso. Quando foi comparada a presença de H. pylori no tecido tumoral (60,7%), com a que ocorreu na mucosa gástrica adjacente ao carcinoma (53%), diferença foi insignificante. A erradicação do H. pylori resultou em negatividade completa no segundo ano de seguimento CONCLUSÕES: Os dados sugerem presença significante de H. pylori no tecido tumoral de carcinoma gástrico avançado e na mucosa adjacente de peças operatórias, predominando no carcinoma tipo intestinal, quando comparado com o tipo difuso.

ASSUNTO(S)

neoplasias gástricas carcinoma infecções por helicobacter

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