Prevalence and determinants of erectile dysfunction in Santos, southeastern Brazil

AUTOR(ES)
FONTE

Sao Paulo Medical Journal

DATA DE PUBLICAÇÃO

2002-03

RESUMO

CONTEXTO: Inquéritos populacionais recentes sugerem que a prevalência de disfunção erétil é de 30% a 56% entre homens acima de 40 anos. Entretanto, a maioria desses estudos foi realizada nos Estados Unidos ou Europa. É preciso estimar disfunção erétil a partir de amostras da população brasileira, uma vez que sociedades com diferenças étnicas, culturais e econômicas também podem diferir com respeito a fatores de risco para disfunção erétil. OBJETIVO: Este estudo visa determinar a prevalência de disfunção erétil e potenciais fatores correlatos em Santos, sudeste do Brasil. TIPO DE ESTUDO: Estudo de prevalência ou transversal. LOCAL: Cidade de Santos, Estado de São Paulo. PARTICIPANTES: Um inquérito, com questionário auto-administrado, enviado pelo correio, foi realizado numa amostra de base populacional. Monitores treinados distribuíram o questionário da pesquisa a homens de 40 a 70 anos, num envelope pré-endereçado e selado. Dos 718 homens convidados, 342 (47,6%) enviaram de volta o questionário completo. VARIÁVEIS ESTUDADAS: Os dados foram coletados por meio de questionário estruturado com informações referentes a características demográficas, história médica pregressa e hábitos de vida. O grau de disfunção erétil foi categorizado como "nenhum", "mínimo", "moderado" ou "completo" de acordo com a capacidade do indivíduo em "ter e/ou manter uma ereção satisfatória para relações sexuais". Análises bivariada ajustada para idade e multivariada foram realizadas para calcular a razão de chances (odds ratio) e intervalos de confiança de 95%. RESULTADOS: A prevalência de algum grau de disfunção erétil foi de 45,9% (mínima, 33,9%; moderada, 8,5%; completa, 3,5%), aumentando com a idade. Na análise bivariada, comparando-se os homens sem ou com disfunção erétil mínima versus aqueles com disfunção erétil moderada ou completa, história de diabetes ou hipertensão, sintomas de depressão, tabagismo (³ 40 cigarros/dia) e obesidade (índice de massa corpórea > 30,0 kg/m²) foram significativamente associados com prevalência aumentada de disfunção erétil (p < 0,05), enquanto que o consumo moderado de álcool foi inversamente associado com disfunção erétil. No modelo multivariado, idade foi um preditor forte de disfunção erétil, enquanto história de diabete ou hipertensão e tabagismo permaneceram significativamente associados com disfunção erétil. CONCLUSÃO: Consistentemente com outros estudos de prevalência de disfunção erétil, encontramos alta proporção (45,9%) de homens acima de 40 anos no Brasil com algum grau de disfunção erétil, aumentando a prevalência e a gravidade de disfunção erétil com a idade. As variáveis de estilo de vida e de condições de saúde associadas à disfunção erétil podem alertar os médicos acerca de pacientes sob risco de disfunção erétil, como também oferecem pistas quanto à etiologia da disfunção erétil. Profissionais de saúde deveriam sempre perguntar aos seus pacientes sobre saúde sexual e disfunção erétil, uma vez que uma grande proporção da população experimenta tais problemas.

ASSUNTO(S)

disfunção erétil impotência prevalência fatores de risco brasil

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