PrevalÃncia de maus-tratos em crianÃas e adolescentes, ocorridos na cidade do Recife
AUTOR(ES)
ValÃria Fernandes MaranhÃo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005
RESUMO
O objetivo da presente pesquisa foi determinar a prevalÃncia de maus-tratos ocorridos em crianÃas e adolescentes na cidade do Recife, notificados no Hospital da RestauraÃÃo, no perÃodo de janeiro de 2003 a dezembro de 2004. Uma amostra de 965 prontuÃrios foi avaliada para determinar dados sÃcio-demogrÃficos da vÃtima, alÃm de tipo de abuso, local da lesÃo, e a necessidade de internamento. Os dados coletados referentes ao agressor foram: idade, sexo, grau de parentesco com a vÃtima e se o agressor exercia algum tipo de ocupaÃÃo. A prevalÃncia de maus-tratos observada na amostra foi de 38,6%, sendo que todos os tipos de abusos foram mais freqÃentes nas meninas (50,7%). Os maus-tratos fÃsicos foram os mais encontrados (58,3%), seguidos de negligÃncia (37,4%) e abuso sexual (3,2%). Do total de lesÃes 25,8% envolvia cabeÃa, seguido de lesÃes sistÃmicas (17,6%) e face (9,5%). Em 90% dos casos, as vÃtimas foram internadas. Segundo a causa da lesÃo, arma de fogo foi o agente mais freqÃente (24,6%). Quanto ao grau de parentesco vÃtima/agressor, a mÃe biolÃgica foi a maior responsÃvel com 40%, seguido de estranhos (31,8%) e pai (9,2%). Os resultados dessa pesquisa mostraram que a prevalÃncia de crianÃas vÃtimas de maus-tratos atendidas no Hospital da RestauraÃÃo à alarmante. A falta de informaÃÃo estatÃstica e epidemiolÃgica sobre o mau-trato infantil à conseqÃÃncia, em parte, da falta de notificaÃÃo. Notificar tem valor importante no processo que visa diminuir as atitudes e os comportamentos violentos por parte de qualquer agressor, e que assegura a integridade da crianÃa e do adolescente vitimizados. O segundo objetivo deste trabalho foi avaliar o grau de conhecimento dos CirurgiÃes Dentistas e Estudantes de Odontologia com relaÃÃo à violÃncia infantil. Foi constatado que existe o conhecimento, mas poucos tinham consciÃncia da importÃncia sobre o tema
ASSUNTO(S)
maus-tratos infantis physical abuse child abuse violÃncia infantil abuso fÃsico odontologia violence child
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