Presença e duração da imunoglobulina M anti-Toxoplasma gondii em lactentes com toxoplasmose congênita

AUTOR(ES)
FONTE

J. Pediatr. (Rio J.)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-07

RESUMO

OBJETIVOS: investigar a taxa de positividade para imunoglobulina M anti-Toxoplasma gondii (Toxo-IgM) em recém-nascidos com toxoplasmose congênita, e a idade de negativação desses anticorpos. MÉTODOS: foram incluídos pacientes com toxoplasmose congênita que iniciaram acompanhamento em uma clínica de infecções congênitas entre 1998 e 2009. Os critérios de inclusão foram toxoplasmose congênita detectada por triagem sorológica materna ou neonatal de rotina, confirmação diagnóstica por persistência de imunoglobulina G anti-Toxoplasma gondii com >12 meses e pesquisa de Toxo-IgM no período neonatal. Para o cálculo da frequência de positividade da Toxo-IgM foram excluídos os detectados por triagem neonatal. Para o estudo da época de negativação da Toxo-IgM foram excluídos os pacientes com Toxo-IgM negativa desde o nascimento e aqueles em que não foi possível identificar o mês da negativação. RESULTADOS: entre 28 pacientes detectados por triagem materna, 23 recém-nascidos tiveram Toxo-IgM positiva (82,1%, IC 95%: 64,7-93,1%). Somando-se os 37 pacientes detectados por triagem neonatal, a Toxo-IgM foi positiva no primeiro mês de vida em 60 pacientes e em 51 foi possível identificar a época de negativação. Em 19,6% dos pacientes esses anticorpos já eram negativos aos 30 dias e em 54,9% aos 90 dias. Entre os 65 pacientes incluídos no estudo, 40 (61,5%) apresentaram alguma alteração clínica. CONCLUSÕES: mesmo com métodos de alta sensibilidade, recém-nascidos com toxoplasmose congênita podem ter Toxo-IgM negativa ao nascer. Nos que apresentam esses anticorpos, o período de positividade pode ser bastante fugaz. É importante não interromper o monitoramento dos lactentes com suspeita de toxoplasmose congênita por apresentarem Toxo-IgM negativa.

ASSUNTO(S)

toxoplasmose congênita toxoplasma gondii imunoglobulina m/uso diagnóstico testes sorológicos triagem neonatal transmissão vertical de doença infecciosa

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