Presença de refluxo em pacientes com sintomas típicos de doença do refluxo gastroesofágico

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Associação Médica Brasileira

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-04

RESUMO

OBJETIVO: Analisar os aspectos clínicos, ultra-sonográficos, endoscópicos, manométricos e os dados de pHmetria prolongada do esôfago nos pacientes com sintomas típicos de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). MÉTODOS: Foram estudados, em 251 pacientes com sintomas típicos da doença do refluxo gastroesofágico, os aspectos clínicos, o IMC, os dados ultra-sonográficos, endoscópicos, manométricos e de pHmetria do esôfago. RESULTADOS: Eram mulheres 172 pacientes (68,5%). A média de idade foi de 51,8 anos. A ultra-sonografia diagnosticou colelitíase em 23 doentes e colecistectomia prévia em 21 pacientes. A hérnia hiatal (HH) estava presente em 177 pacientes (71%), com tamanho médio de 3 cm. A esofagite erosiva foi encontrada em 168 pacientes (66,9%) e o esôfago de Barrett em 23 casos (9,2%). A associação de HH com EE foi observada em 131 pacientes (52,3%). Apenas 37 pacientes (14,7%) não apresentavam HH ou EE. Quanto à manometria, o valor médio da extensão do esfíncter inferior do esôfago (EIE) foi 2,6 cm, sendo que 132 pacientes (52,6%) apresentaram EIE curto. A pressão média do EIE foi 18,9 mmHg e 46 doentes (18,3%) apresentaram pressão abaixo de 14 mmHg. À pHmetria prolongada do esôfago, a média do número de refluxos foi 42,9 e a porcentagem de tempo ácido total média foi 8,4%. Em 175 pacientes (69,7%), o índice de DeMeester mostrou-se elevado. CONCLUSÃO: Nos pacientes com sintomas típicos da DRGE, os fatores que influenciaram a presença do refluxo patológico, comprovada pela pHmetria do esôfago, foram: a idade mais avançada, a presença de hérnia hiatal com esofagite erosiva; a extensão menor, a pressão basal diminuída e o menor vetor volume do EIE.

ASSUNTO(S)

refluxo gastroesofágico esofagite hérnia hiatal

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