Presença de inseticidas organofosforados nos peixes do Rio Amazonas

AUTOR(ES)
FONTE

Acta Amaz.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003-06

RESUMO

As concentrações de três inseticidas organofosforados (IOF) foram determinadas em oito espécies de peixes da região de Santarém, Estado do Pará, Brasil. As concentrações individuais de IOF dos peixes situam-se entre abaixo da limite de detecção e 2,1 ppb. As concentrações médias de clorpirifós, malathion e metil parathion foram respectivamente de 0,3 ± 0,3, 0,1 ± 0,1 e 0,3 ± 0,3 ppb. Pellom Flavipinnis, a espécie piscívora de maior tamanho e mais gordurosa, apresentou as concentrações mais elevadas. Considerando que um morador dessa região da Amazônia brasileira consome em média 220 g de peixe por dia, as doses de clorpirifós, malathion e metil parathion podem atingir respectivamente 308, 220 e 462 ng·d-1. Tendo em conta as "doses diárias aceitáveis" (acceptable daily intakes - ADI), as quantidades diárias de IOF absorvidas via consumo de peixe estão muito abaixo dos níveis perigosos para a saúde humana. Nós estimamos que mesmo com o teor mais elevado de IOF detectado, o consumo diário médio de peixe de um adulto de 60 kg teria que aumentar cerca de 1 950, 5 450 e 2 600 vezes para atingir as respectivas ADI de clorpirifós, malathion e metil parathion. Nem o hábito alimentar dos peixes e nem o seu teor de gorduras podem explicar completamente as diferenças interespecíficas observadas.

ASSUNTO(S)

baixo amazonas contaminação em peixes inseticidas organofosforados doses diárias aceitáveis (adi) alimentação humana

Documentos Relacionados