Presença de achados ecocardiográficos compatíveis com cardiopatia congênita entre fetos de mães diabéticas e sua relação com os níveis plasmáticos maternos de frutosamina.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

04/03/2011

RESUMO

Objetivo: Avaliar a ocorrência de achados ecocardiográficos compatíveis com cardiopatia congênita em fetos cujas mães tiveram diabetes mellitus pré-gestacional ou gestacional e associar aos níveis plasmáticos maternos de frutosamina. Pacientes e Métodos: Realizou-se estudo retrospectivo, no qual foram analisados 126 registros médicos de gestantes (31,1±6.6 anos de idade), no período de 2000 a 2007, que realizaram ecocardiograma fetal pelo mesmo médico, indicado pela presença de diabetes mellitus. Fizemos a análise da primeira dosagem de frutosamina realizada durante o prénatal (22.1±8.1 semanas de gestação) que foi encontrada em 91 registros médicos. A presença ou ausência de achados ecocardiográficos compatíveis com cardiopatia congênita, seja estrutural ou funcional, foi associada aos níveis plasmáticos maternos de frutosamina por regressão logística. Utilizou-se também a razão de chances ajustada pela idade materna e uso de insulina. Resultados: Sessenta e oito fetos (54% dos 126 fetos) apresentaram achados ecocardiográficos compatívies com cardiopatia congênita. Dez (14,7% dos 68 fetos) apresentaram achados funcionais. Cinquenta e oito (85,3% dos 68 fetos) apresentaram achados estruturais isolados ou associados a alterações funcionais. Dentre aqueles com alterações estruturais, cardiomegalia de qualquer câmara cardíaca foi a mais freqüente (n=33), seguida pela comunicação inter-ventricular (n=21). Dentre as alterações funcionais isoladas, a mais freqüente foi derrame pericárdico (n=7), seguida por bradicardia (n=3). A média de frutosamina plasmática foi maior entre as gestantes cujos fetos apresentaram achados ecocardiográficos compatíveis com cardiopatia congênita que naquelas cujo ecocardiograma fetal era normal (2.70±0.78mmol/L, 2.13±0.53mmol/L, respectivamente, p<0.0001). A razão de chances para achados ecocardiográficos compatíveis com cardiopatia congênita entre fetos de gestantes com frutosamina plasmática anormal (>2.68 mmol/L) foi 7,0 (2.4-20.1, 95% CI, p<0.0001). A razão de chances ajustada pela idade materna e uso de insulina foi 6,0 (1.9-18.6, 95% CI p= 0.002). Conclusões: Níveis plasmáticos anormais de frutosamina aumentam as chances de achados ecocardiográficos compatíveis com cardiopatia congênita entre fetos de gestantes com diabetes mellitus

ASSUNTO(S)

cardiopatias congênitas decs diabetes mellitus decs diabetes gestacional decs frutosamina decs estudos retrospectivos decs diagnóstico pré-natal decs ultrassonografia pré-natal decs complicações na gravidez decs dissertações acadêmicas decs dissertação da faculdade de medicina da ufmg.

Documentos Relacionados