Prêmios Nobel: Contribuições para a Cardiologia
AUTOR(ES)
Mesquita, Evandro Tinoco, Marchese, Luana de Decco, Dias, Danielle Warol, Barbeito, Andressa Brasil, Gomes, Jonathan Costa, Muradas, Maria Clara Soares, Lanzieri, Pedro Gemal, Gismondi, Ronaldo Altenburg
FONTE
Arq. Bras. Cardiol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
05/05/2015
RESUMO
O Prêmio Nobel foi criado por Alfred Nobel. Os primeiros prêmios foram entregues em 1901, e o primeiro ganhador na área da medicina foi Emil Adolf von Behring, por seus trabalhos com soro antidiftérico. Na cardiologia, o conhecimento da história do Prêmio Nobel ajuda a entender a importância dos avanços fisiopatológicos, diagnósticos e terapêuticos realizados ao longo dos últimos 120 anos. O objetivo do presente estudo foi revisar as principais descobertas científicas contempladas pelo Prêmio Nobel, que contribuíram para avanços no estudo da cardiologia. Além disso, apresentamos a hipótese pela qual Carlos Chagas, um dos nossos mais importantes cientistas, não recebeu o Prêmio Nobel em duas ocasiões. A partir de uma revisão não sistemática sobre os Prêmios Nobel, foram selecionados, entre os laureados, os principais estudos com relevância para as doenças cardíacas. No período entre 1901 e 2013, 204 pesquisadores, em 104 prêmios, foram premiados na categoria Medicina ou Fisiologia, dos quais 16 estudos (15%) tiveram importância na área da cardiologia. Foram 33 (16%) premiados, sendo apenas duas (6%) mulheres. Em relação ao local de nascimento, 14 (42%) eram norte-americanos, 15 (45%) europeus e quatro (13%) de outros países. Apenas um laureado nasceu no Brasil: Peter Medawar, cuja carreira se deu toda na Inglaterra. A revisão da história do Prêmio Nobel na área de medicina ou fisiologia possibilitou identificar pesquisadores e estudos que contribuíram para avanços no diagnóstico, prevenção e tratamento das doenças cardiovasculares. A maioria dos laureados eram norte‑americanos e europeus, e do sexo masculino.