Preditores de resposta patológica e de outcome clinico após quimioradioterapia neoadjuvante para cancro do reto localmente avançado - uma revisão sistemática

AUTOR(ES)
FONTE

J. Coloproctol. (Rio J.)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-09

RESUMO

Resumo Introdução: O cancro colorretal é um dos cancros mais prevalentes em Portugal e tem associada uma alta taxa de letalidade. Atualmente, o tratamento é multidisciplinar, e a quimioradioterapia neoadjuvante está indicada no Cancro do Reto Localmente Avançado. Sabe-se que cerca de 15% dos doentes responde favoravelmente à quimioradioterapia neoadjuvante, sendo por isso importante determinar quais os preditores de resposta a este tipo de tratamento. Objetivo: Rever os resultados dos estudos que analisam os preditores de resposta completa à quimioradioterapia em pacientes com Cancro do Reto Localmente Avançado. Métodos de pesquisa: Pesquisamos artigos elegíveis nos bancos de dados Pubmed e Scopus, desde o dia 12 a 20 de Março de 2020. Foram utilizadas as seguintes palavras chave: “preditores de resposta”, “quimioradioterapia neoadjuvante” e "Cancro do Reto Localmente Avançado". Critérios de seleção: Critérios de inclusão: Estudos que incluam pacientes com Cancro do Reto Localmente Avançad, pacientes sujeitos a quimioradioterapia neoadjuvante, preditores de resposta à quimioradioterapia, que avaliem a sobrevivência como outcome, escritos em inglês e publicados até dia 31 de Dezembro de 2019. Resultados principais: Catorze estudos preencheram os critérios de inclusão. De todos os artigos, treze são Cohort e um é Clinical Trial. Foram definidos quatro grupos de preditores: marcadores de sangue e caraterísticas do tumor, histopatológicas e dos pacientes. Conclusões dos autores: Durante a análise dos artigos, foram identificados vários preditores como potenciais candidates para a prática clínica, tais como o valor elevado de antigénio carcinoembrionário pré- quimioradioneoaajuvância e tamanho reduzido. Contudo, é arriscado elaborar conclusões concretas relativamente aos preditores mais confiáveis. Por isso, é crucial iniciar novos estudos com valores de cut-off estandardizados e métodos com maior homogeneidade.

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