Preditores de fibrilação atrial de novo em unidade de cuidados intensivos não cardíaca
AUTOR(ES)
Augusto, João Bicho, Fernandes, Ana, Freitas, Paulo Telles de, Gil, Victor, Morais, Carlos
FONTE
Rev. bras. ter. intensiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2018-06
RESUMO
RESUMO Objetivo: Avaliar quais os preditores de fibrilação atrial de novo em doentes de uma unidade de cuidados intensivos não cardíaca. Métodos: Foram analisados 418 doentes internados entre janeiro e setembro de 2016 em uma unidade de cuidados intensivos não cardíaca. Registaram-se as características clínicas, as intervenções efetuadas e os marcadores bioquímicos durante a internação. Avaliaram-se ainda a mortalidade hospitalar e o tempo de internação hospitalar e na unidade de cuidados intensivos. Resultados: Foram incluídos 310 doentes, com média de idades de 61,0 ± 18,3 anos, 49,4% do sexo masculino, 23,5% com fibrilação atrial de novo. O modelo multivariável identificou acidente vascular cerebral prévio (OR de 10,09; p = 0,016) e valores aumentados de proBNP (OR de 1,28 por cada aumento em 1.000pg/mL; p = 0,004) como preditores independentes de fibrilação atrial de novo. A análise por curva Característica de Operação do Receptor do proBNP para predição de fibrilação atrial de novo revelou área sob a curva de 0,816 (p < 0,001), com sensibilidade de 65,2% e especificidade de 82% para proBNP > 5.666pg/mL. Não se verificaram diferenças na mortalidade (p = 0,370), porém a duração da internação hospitalar (p = 0,002) e na unidade de cuidados intensivos (p = 0,031) foi superior nos doentes com fibrilação atrial de novo. Conclusões: História de acidente vascular cerebral prévio e proBNP elevado em internação constituíram preditores independentes de fibrilação atrial de novo na unidade de cuidados intensivos polivalente. O proBNP pode constituir ferramenta útil, de fácil e rápido acesso na estratificação do risco de fibrilação atrial.
ASSUNTO(S)
fibrilação atrial/epidemiologia incidência cuidados intensivos
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