Preditores clínicos para pHmetria esofágica anormal em prematuros

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Gastroenterologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-09

RESUMO

RACIONAL: Os fatores de risco para a doença pelo refluxo gastroesofágico em recém-nascidos prematuros não foram, até momento, claramente estabelecidos. OBJETIVO: Identificar fatores associados ao aumento da exposição ácida intra-esofágica em prematuros durante o período de internação em unidade neonatal. MÉTODOS: Realizou-se estudo de caso controle com prematuros que realizaram monitorização prolongada do pH esofágico por suspeita clínica de doença do refluxo. Foram selecionados 87 recém-nascidos com valor do índice de refluxo (percentual do tempo total do exame com pH abaixo de 4) >10% (casos) e 87 recém-nascidos com índice de refluxo <10% (controles). Casos e controles não foram emparelhados. As variáveis estudadas foram as demográficas, os sinais e sintomas clínicos, os principais diagnósticos e alguns aspectos da terapêutica. Foram utilizadas as análises de regressão logística uni e multivariada, ambas ajustadas pelo peso ao nascimento e pela idade pós-conceptual no momento do estudo de pH. RESULTADOS: Os fatores que se associaram a maior chance de índice de refluxo >10% foram: vômitos, regurgitações, apnéia, sexo feminino e insuficiência respiratória na 1ª semana de vida. As variáveis que se associaram a menor freqüência de índice de refluxo <10% foram: volume de mamada ao início dos sintomas >147mL/kg/d e uso de corticóide pós-natal. CONCLUSÕES: Vômitos, regurgitações, apnéia, sexo feminino e a insuficiência respiratória na primeira semana de vida foram variáveis preditoras para elevada exposição ácida do esôfago em prematuros com peso ao nascer <2000 g. A displasia broncopulmonar e o uso de cafeína não se associaram ao índice de refluxo >10%.

ASSUNTO(S)

refluxo gastroesofágico determinação da acidez gástrica fatores de risco prematuro

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