PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO: RISCOS ERGONÔMICOS AOS OPERADORES DE MÁQUINAS ADAPTADAS PARA COLHEITA FLORESTAL

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Árvore

DATA DE PUBLICAÇÃO

29/05/2017

RESUMO

RESUMO Este estudo teve como objetivo avaliar diferentes tipos de máquinas adaptadas para as atividades de colheita florestal mecanizada, de forma a quantificar o grau de atendimento aos princípios ergonômicos aplicáveis às máquinas florestais, bem como os riscos ergonômicos aos quais os trabalhadores estão expostos. Foram avaliadas as seguintes máquinas: um feller buncher adaptado em uma pá carregadeira de rodas; um mini skidder acoplado a um trator agrícola; e um carregador florestal adaptado a um trator agrícola; operando nos estados do Paraná e Minas Gerais. As condições biomecânicas do trabalho foram avaliadas através da aplicação de um check-list para avaliação simplificada das condições biomecânicas do posto de trabalho. A avaliação das posturas forçadas foi realizada utilizando o método REBA - "Rapid Entire Body Assessment". Por sua vez, a classificação ergonômica foi através das diretrizes contidas no manual de classificação ergonômica "Ergonomic Guidelines for Forest Machines". Ainda, foram avaliados os fatores ambientais ruído, temperatura e vibração aos quais os operadores destas máquinas estavam expostos. Os resultados apontaram que todas as máquinas avaliadas apresentaram padrões ergonômicos abaixo dos indicados em todos os aspectos avaliados, principalmente relacionados ao acesso e dimensões do posto de trabalho, necessidade de adoção de posturas forçadas durante a jornada de trabalho, e exposição aos fatores ambientais avaliados acima dos limites de tolerância. Conclui-se que as máquinas adaptadas para utilização em processos de colheita florestal tem apresentado importantes lacunas em relação aos aspectos ergonômicos, apresentando elevado e iminente risco de desenvolvimento de doenças ocupacionais em seus operadores.

ASSUNTO(S)

operações florestais mecanização florestal saúde ocupacional

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