Prazer, esse sou ele (a autobiografia poético-política de André Luiz Pinto)

AUTOR(ES)
FONTE

Alea

DATA DE PUBLICAÇÃO

11/11/2019

RESUMO

Resumo De dentro do eclipsamento da política, a poesia vem se fazendo um lugar de combate contra as totalidades e seus totalitarismos. Parto de uma das principais linhas de força da poesia contemporânea: poemas em que escritos autobiográficos se colocam como políticos através de fraturas que nos fazem pensar feridas, a um só tempo, familiares e comunitárias, íntimas e públicas, atuais e históricas. Enquanto a poesia feita no Rio de Janeiro fora, até certo ponto, realizada predominantemente por moradores da Zona Sul, o local de proveniência do poeta André Luiz Pinto demarca uma intrusão política diferenciada, o subúrbio e o morro, que levam a uma repetição de uma urgência em seus poemas: “A adolescência não sabia/ que apesar da confusão entre prosa/ e poesia, isto não é a revolução. O que pesa/ é o salário que custeia a vida e a verdade é essa”.Abstract From within the eclipsing of politics, poetry has become a place of combat against totalities and their totalitarianism. I start from one of the main strengths of contemporary poetry: poems in which autobiographical writings become political through fractures that make us think of wounds that are inflicted to both family and community; intimate and public wounds, current and historical wounds. While the poetry made in Rio de Janeiro was to some extent predominantly carried out by residents of the Southern Zone, the poet Andre Luiz Pinto’s place of origin demarcates a distinct political intrusion - the suburb and the slums -, which leads to repeteaded urgency in his poems: “Adolescence did not know/ that despite the confusion between prose/ and poetry, this is not a revolution. What matters / is the wage that supports life and this is the truth”.

Documentos Relacionados