Práticas identitárias em relatos de mulheres vítimas de violência doméstica

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Esta dissertação origina-se de um problema cultural: a violência doméstica, que atinge todas as classes sociais no Brasil e sugere questões de poder, relacionadas ao gênero social, uma vez que as agressões são cometidas pelos homens das famílias. A análise teve como suporte teórico-metodológico a Análise de Discurso Crítica (ADC), seguindo a proposta de Fairclough (trad. 2001a), Chouliaraki &Fairclough (1999) e Fairclough (2003), que considera aspectos de discurso e mudança social. Estes aspectos são analisados no presente trabalho à luz da implantação da Lei n 11.340, Lei Maria da Penha, que desencadeou reflexões acerca da violência doméstica. O principal objetivo da investigação foi analisar as identidades presentes em relatos de mulheres vítimas de violência doméstica que estão submetidas ao programa Casa Abrigo, que tem por finalidade atender mulheres e adolescentes sob ameaça de morte. As identidades foram analisadas tendo por base a divisão proposta por Castells (trad. 2006): identidade legitimadora, identidade de resistência e identidade de projeto. Em seu trabalho Castells considera questões de poder, que são observáveis na prática de violência doméstica. Por meio das análises das identidades das mulheres vítimas de violência, observando a forma como elas se auto-representam, representam seus agressores e as influências da Lei Maria da Penha sobre as mesmas, pode-se perceber uma realidade social perversa que muitas vezes está próxima, mas que poucas vezes é problematizada

ASSUNTO(S)

linguistica gênero social identity violência doméstica análise de discurso crítica (adc) social gender identidade domestic violence critical discourse analysis

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