Práticas de lazer em São Paulo: atividades gratuitas nos Sesc Pompéia e Belenzinho

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

O grande desafio a que este trabalho se propôs foi o de desvendar como o discurso e as práticas de lazer se inserem e modificam a vida do homem moderno, ou seja, de que modo o lazer tem sido utilizado para educar o indivíduo a viver na sociedade contemporânea, tornando-se uma das mais importantes expressões de sua cultura e modo de ser, dos quais a família e a escola já não dão mais conta e levando à constituição de instituições voltadas exclusivamente para esta finalidade. Partindo desses objetivos iniciais, delimitamos nosso objeto de estudo nas práticas de lazer gratuitas propostas pelo Sesc, centrando a pesquisa em duas unidades, o Sesc Belenzinho e o Sesc Pompéia, a fim de fazermos uma comparação dos tipos de atividades e do público freqüentador. A hipótese levantada era de que a oferta e a procura por atividades culturais e esportivas davam-se de maneira diferenciada tendo maior ênfase cultural no Sesc Pompéia, uma vez que a população ao redor seria de maior capital cultural e já possuiria o habitus de apreciar e consumir bens culturais, em relação ao Sesc Belenzinho, mais voltado para as atividades esportivas devido ao déficit educacional da população ao redor. Em grande parte, a hipótese foi comprovada pela observação participante das atividades de ambas as unidades, entrevistas com gerentes e coordenadores da entidade, depoimento dos participantes e pesquisa histórica das finalidades e objetivos da instituição. O trabalho teve como fio condutor os conceitos de Pierre Bourdieu. A dissertação possui duas temáticas principais: lazer e cultura que até pode ser entendido como uma só temática: cultura do lazer. Um foco espacial, a cidade de São Paulo e; um foco institucional, o Sesc. Transcorre historicamente desde o período industrial até os dias de hoje.

ASSUNTO(S)

cultura da ludicidade são paulo cultura do lazer antropologia urbana sesc lazer

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