Potencialidades transformadoras dos movimentos camponeses no Brasil contemporâneo: as comunidades de resistência e superação no MST

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

O autor parte de uma retrospectiva histórica da formação social brasileira e considera que, aqui, não houve um processo contínuo de constituição do campesinato brasileiro. Isto não exclui a existência de intensas lutas nem a formação de diferentes organizações camponesas. Tivemos um campesinato em mutação. Nas décadas de 1970 e 80, expandem-se as relações capitalistas de produção e, com elas, o proletariado e o semiproletariado rurais. Estas mudanças colocaram as lutas sociais em outro patamar. A contradição entre esse semiproletariado e a classe dominante no campo, hegemonizada pela empresa rural latifundiária e a agroindústria, adquiriu centralidade. Nestas novas condições, surgiu o MST que, nos anos 90, desenvolveu uma política de organização de assentamentos bloqueada, sob diversos aspectos, pela desfavorável correlação de forças. No final da década, o movimento ampliou seus princípios organizativos e iniciou a experimentação de novos formatos de assentamentos e novas ações com vistas a alterar a matriz produtiva e tecnológica, criando condições para a introdução das Comunidades de Resistência eSuperação. Estas abrem possibilidades de uma nova referência popular para o campo brasileiro

ASSUNTO(S)

camponeses -- revoltas -- brasil campesinato ciencias sociais aplicadas

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