Potencial biotecnológico da microalga Nannochloropsis oculata na produção do ácido graxo poliinsaturado (EPA), carotenóides e biomassa.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

29/12/2010

RESUMO

O presente trabalho objetivou contribuir para a caracterização biotecnológica da microalga Nannochloropsis oculata, considerando a produção de biomassa, de pigmentos e de ácido eicosapentaenóico (EPA). Inicialmente foi avaliado o efeito das condições de cultivo para a produção de biomassa e ácido eicosapentaenóico pela microalga N. oculata. Experimento realizado em frascos aerados, seguindo um planejamento fatorial 23, verificou a influência de diferentes variáveis na produção de biomassa de N. oculata a citar: níveis de pH (7,0; 8,5; 10,0); fonte de nitrogênio (NaNO3 e uréia); concentração de nitrogênio (para uréia 0,11 e 0,44 mM; para NaNO3 0,22 e 0,88 mM e a composição uréia + NaNO3 , 0,11 + 0,22 mM respectivamente). Posteriormente, foram realizados experimentos em fotobiorreatores obedecendo a um delineamento central composto, para avaliar a melhor condição para produção de biomassa, frente a diferentes concentrações de uréia (3,96; 5,0; 7,5; 10,0; 11,04 mM) e intensidades de luz incidente - ILI (23; 40; 80; 120; 137 μM quanta m-2 s-1). Também em fotobiorreatores foi investigada a produção de EPA por N. oculata em diferentes concentrações de uréia (2,5; 3,6; 5,0; 7,5; 10,0; 11,04 mM) e ILI (80; 120 μM quanta m-2 s-1). Os experimentos em frascos indicaram a concentração da fonte de nitrogênio como a variável que mais influenciou a produção de biomassa. A superfície de resposta gerada a partir dos experimentos em fotobiorreatores indicou uma tendência para a maior produção de biomassa, e a melhor condição observada foi na concentração de 11,04 mM de uréia e 80 μM quanta m-2 s-1 de ILI. A produção de EPA atingiu 32,32 % dos ácidos graxos totais nas condições de 2,5 mM de concentração uréia e de 120 μM quanta m-2 s-1 de ILI. No decurso da pesquisa foi desenvolvida uma patente com o título Processo para obtenção de pigmentos liberados no meio, em cultivos de microalgas da classe Eustigmatophyceae, reivindicado o processo de obtenção aumentada de pigmento rico em astaxantina que é liberado no meio de cultura. Também foi desenvolvido um fotobiorreator para culturas iniciais baseado na utilização das embalagens de soro fisiológioco estéril.

ASSUNTO(S)

nannochloropsis oculata ácido eicosapentaenóico uréia fotobiorreactor carotenóides astaxantina microalga. biologia geral

Documentos Relacionados