Posicionamento sobre Indicações e Reintrodução dos Métodos de Imagem Cardiovascular de Forma Segura no Cenário da COVID-19 – 2021
AUTOR(ES)
Beck, Adenalva Lima de Souza; Barberato, Silvio Henrique; Almeida, André Luiz Cerqueira de; Grau, Claudia R. Pinheiro de Castro; Lopes, Marly Maria Uellendahl; Lima, Ronaldo de Souza Leão; Cerci, Rodrigo Júlio; Albricker, Ana Cristina Lopes; Barros, Fanilda Souto; Oliveira, Alessandra Joslin; Lira Filho, Edgar Bezerra de; Miglioranza, Marcelo Haertel; Vieira, Marcelo Luiz Campos; Pena, José Luiz Barros; Strabelli, Tânia Mara Varejão; Bihan, David Costa de Souza Le; Tsutsui, Jeane Mike; Rochitte, Carlos Eduardo
FONTE
Arq. Bras. Cardiol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2021-03
RESUMO
RESUMO CONTEXTO: O tratamento de pacientes com doença inflamatória intestinal (DII) consiste na indução e manutenção da remissão da doença. Os indicadores do estado corporal do ferro seriam úteis para o diagnóstico da anemia por deficiência de ferro, enquanto os indicadores de inflamação para o diagnóstico da anemia da doença crônica. OBJETIVO: Avaliar os indicadores do estado corporal do ferro e os indicadores de inflamação durante o tratamento da doença inflamatória intestinal, com terapia convencional ou infliximabe em crianças e adolescentes. MÉTODOS: Estudo de caso-controle de uma amostra de 116 indivíduos, sendo 81 pacientes com DII, dos quais 18 com terapia convencional, 20 infliximabe e 43 em remissão da doença, e 35 crianças e adolescentes saudáveis (grupo controle). Os indicadores do estado do ferro e os indicadores de inflamação foram avaliados no início, 2 e 6 meses de dois tipos de tratamento - terapia convencional e terapia com infliximabe. RESULTADOS: A média de idade foi de 12,1±4,3 anos. No início do tratamento, ambos os grupos - terapia convencional e infliximabe - apresentaram diferenças significantes com relação à maioria dos marcadores estudados comparados ao grupo controle. Após 2 meses de terapia convencional, os níveis de hemoglobina e ferro sérico foram inferiores em comparação ao grupo controle; e amplitude de distribuição dos eritrócitos (RDW), capacidade total de ligação do ferro, razão entre o receptor de transferrina solúvel e ferritina e interleucina-6 foram superiores aos do grupo controle. Após 2 meses de tratamento com infliximabe os níveis de hemoglobina e ferro sérico foram inferiores em comparação ao grupo controle, e RDW, receptor de transferrina solúvel e interleucina-6 foram superiores aos do grupo controle. Após 6 meses de terapia convencional, os níveis de hemoglobina e ferro sérico foram inferiores aos do grupo controle, e RDW e interleucina-6 superiores aos do grupo controle. Após 6 meses de tratamento com infliximabe, os níveis de hemoglobina e ferro sérico foram inferiores comparados ao grupo controle, e RDW, receptor de transferrina solúvel, razão receptor de transferrina solúvel e ferritina, taxa de sedimentação de eritrócitos e plaquetas foram superiores ao do grupo controle. Quanto aos pacientes que estavam em tratamento há mais de um ano (grupo remissão), todos os marcadores, exceto a transferrina, foram similares ao grupo controle. CONCLUSÃO: Houve contradições entre os diferentes indicadores do estado corporal do ferro e dos indicadores de inflamação aos 2 e 6 meses de tratamento com terapia convencional e infliximabe, no entanto após um ano de tratamento, conforme observado pelo grupo em remissão, todos os indicadores estudados, exceto a transferrina, foram semelhantes aos das crianças e adolescentes saudáveis.
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